A Safra 2023/2024 já começou para o BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais). Na 3ª feira (29.ago.2023), foram realizados os primeiros desembolsos com recursos do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) em um total de R$ 60 milhões referentes a contratos de financiamento para o setor cafeeiro nas regiões Sul, Alto Paranaíba e Zona da Mata mineira.
Desde 21 de agosto, empresas e cooperativas de produtores interessadas em financiar a comercialização, aquisição, capital de giro, armazenagem de grãos, inovação, entre outros, podem acessar os R$ 232,6 milhões destinados ao BDMG pelo Funcafé.
Os recursos do Plano Safra, R$ 385 milhões, também já estão disponíveis para os clientes.
“Começamos, agora de forma oficial, a liberar os financiamentos do Funcafé, com o qual conseguimos garantir suporte a toda a cadeia produtiva do grão, um segmento de extrema importância para a economia do país”, diz Gabriel Viégas Neto, presidente do BDMG.
“Nossa meta é repetir o desembolso de 100% desses recursos, pois sabemos de importância do crédito para a produção cafeeira”, disse.
Desde o ano safra 2018/2019, o BDMG desembolsa 100% dos recursos do Funcafé destinados ao banco. Além disso, de 2014 até agora são R$ 2 bilhões em crédito para a produção cafeeira por meio do Funcafé.
No último período, encerrado em julho, os desembolsos do BDMG, que chegaram a R$ 264 milhões, financiaram a compra de 258 mil sacas de café. Quase 60% do total de recursos seguiu para o Sul de Minas, uma das principais regiões produtoras do estado.
Em 2022, a produção de café em Minas Gerais foi de 22 milhões de sacas, representando 43% da safra nacional. Para 2023, a estimativa é de 27,8 milhões de sacas, representando 50% da safra brasileira. O café é o principal produto das exportações mineiras, respondendo por quase 40% do volume.
Plano Safra
Já no Plano Safra, o BDMG disponibiliza R$ 385 milhões que também já podem ser contratados por empresas e cooperativas. Esse valor representa um aumento de 1.000% em relação ao período anterior.
Esses recursos podem ser utilizados para financiar a construção de silos utilizados na armazenagem de grãos; a incorporação de inovação tecnológica nas propriedades rurais; apoio e fomento a setores de produção agropecuária; incremento à competitividade do complexo agroindustrial das cooperativas; capital de giro; e incentivo ao desenvolvimento da agropecuária irrigada sustentável, além da redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias.
Nos últimos 12 meses, mais de 1/3 dos desembolsos do BDMG foram para o setor agro. Os recursos para financiamento seguem a lógica da economia estadual, com o agronegócio correspondendo a 22% do PIB (Produto Interno Bruto) mineiro no ano passado e a 36% das exportações totais de Minas Gerais nos 7 primeiros meses de 2023.
Com informações da Agência Minas.