De todos os 45 unicórnios da América Latina, mais da metade fica no Brasil. O país conta com 24 startups com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão. Algumas das que se destacam são Nubank (BVMF:ROXO34), iFood e 99.
Depois do Brasil, os países latino-americanos com mais unicórnios são México e Argentina, ambos com 7. Em seguida está o Chile, com 3. Os dados são de uma pesquisa realizada pela plataforma Distrito. Eis a íntegra (PDF – 48 kB).
Os unicórnios brasileiros receberam US$ 11,6 bilhão em aporte de investidores de 2019 a 2023. O valor não considera os IPOs (quando as companhias abrem ações na Bolsa pela 1ª vez) e Venture Debt (tipo de financiamento feito com empréstimo com juros).
A América Latina, entretanto, representa uma fatia pequena dos unicórnios espalhados pelo mundo: 4%.
“A região só começou a acelerar no número de startups atingindo esse patamar a partir de 2018, sendo um mercado mais incipiente em comparação com a América do Norte, Ásia e Europa”, diz a pesquisa.
O aporte de investidores nas startups brasileiras se destacou em relação às outras nações. Receberam US$ 22 bilhões por meio de 3.471 rodadas de financiamento. O 2º lugar fica pertencente ao México, com um volume quase 4 vezes menor: US$ 5,3 bilhões.
Ao comparar o montante de investimentos por ano nas nações latino-americanas nos últimos 4 anos, percebe-se que 2021 se destaca com US$ 17 bilhões. O valor é mais que o dobro da média de 7% do período.
O ano de 2021 se destaca por causa da demanda por digitalização das empresas durante a pandemia. Além disso, as taxas de juros em geral estavam mais baixas no período. Os governos querem fomentar a economia de forma a driblar os efeitos da covid-19.
Em 2023 as empresas conseguiram somente US$ 1,4 bilhão até o fim do 1º semestre. O valor baixo é influenciado pela quebra do Silicon Valley Bank em março. A instituição financeira era conhecida como o banco das startups.
O levantamento indicou que a maior parte das startups da América Latina atuam como fintechs –termo em inglês que mistura as palavras finanças e tecnologia. São 16 nomes do ramo na região, 42% do total.
Bancos digitais e empresas de pagamento são exemplos de fintechs, como C6 Bank e Ebanx.
A Distrito disse ter analisado minuciosamente as startups de cada país usando, inclusive, dados dos governos locais e de bancos abertos. Todos os dados da pesquisa foram levantados em 30 de junho e se referem até o fim do período. “Enfatizamos que os números apresentados podem estar sujeitos a alterações ao longo do tempo, conforme a precisão das informações fornecidas pelas próprias startups”, diz o levantamento.