O líder nas pesquisas eleitorais para a Presidência da Argentina, Javier Milei, exibiu na 3ª feira (12.set.2023) uma representação de uma cédula de dólar gigante com seu rosto estampado. Ele participou de um comício pelas ruas da cidade de La Plata, a cerca de 60 km da capital Buenos Aires.
Uma das controversas promessas de campanha de Milei é a dolarização da economia do país. Em um documento divulgado por 170 economistas no domingo (10.set), a medida é chamada de “iniciativa política imprudente”, que conta com um obstáculo “intransponível”, que é a falta de dólares na Argentina.
Em outro momento do ato, Milei segurou uma motosserra. O objeto é em referência ao nome dado a seu programa de governo para cortar gastos públicos.
Reprodução/Twitter – 12.set.2023 Milei participou de ato de campanha em La Plata “O Kirchnerismo é a representação mais crua da casta [política]”, disse Milei. “Estou confiante de que em outubro os venceremos no país e na província [de Buenos Aires] e encerraremos um dos ciclos mais desastrosos da história argentina”, completou.
A governadora da província de Buenos Aires, Carolina Píparo, participou do ato.
QUEM É MILEI
Javier Gerardo Milei tem 52 anos, é formado em economia e liderou com 30,4% dos votos a eleição primária de 13 de agosto de 2023 na disputa pela Presidência da Argentina. Ele está à direita no espectro político ideológico, com ideias liberais na economia. Defende fechar o Banco Central do país, acabar com o peso e usar o dólar dos EUA como moeda local.
O candidato concorre à Casa Rosada pela coalizão “La Libertad Avanza” (em português, A Liberdade Avança). Milei se autodefine como “anarcocapitalista” e “libertário” –é contra a interferência do Estado na sociedade e a favor do sistema de livre mercado. Diz que seu programa será uma “motosserra” para cortar gastos públicos. Afirma que o aquecimento global é uma mentira, é a favor da venda de órgãos e defende o sistema de educação não obrigatório e privado.