Taxas futuras recuam com impasse comercial entre Brasil e EUA e falas de Galípolo no radar
As projeções dos agentes financeiros para o PIB (Produto Interno Bruto) indicam um crescimento de 1,1% a 1,8% no 1º trimestre deste ano em comparação com o 4º trimestre de 2024. Haverá uma aceleração da atividade econômica em relação aos últimos 3 meses do ano passado, que será puxada pelo agronegócio.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgará o resultado oficial do PIB do Brasil na 6ª feira (30.mai.2025). A maioria das estimativas obtidas pelo Poder360 indica que a economia brasileira crescerá 1,5% ou mais. O PIB do Brasil subiu 0,2% no 4º trimestre em 2024 ante o trimestre anterior.
O agronegócio será fundamental para um melhor desempenho da economia. Depois de um ano fraco, já que o setor caiu 3,2% em 2024, o agro voltou a ter bons resultados no 1º trimestre de 2025.
Considerado como a prévia do PIB, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do Banco Central indicou que o agro cresceu 6,1% no 1º trimestre ante o 4º trimestre de 2024. A economia teve alta de 1,3% no período, segundo o BC.
O Monitor do PIB, da FGV (Fundação Getulio Vargas), mostrou que a atividade econômica cresceu 1,6% no 1º trimestre ante o 4º trimestre. A agropecuária subiu 12,2% e contribuiu para a aceleração da atividade econômica.
PIB E SELIC
Os agentes financeiros avaliam que, apesar de o agro sustentar grande parte da atividade econômica no 1º trimestre, a taxa Selic alta deverá frear a economia no restante do ano.
O BC (Banco Central) aumentou o juro base para 14,75% ao ano, o maior patamar desde 2006. Sinalizou que ficará em nível elevado por tempo prolongado para levar a inflação à meta de 3%.
A SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Fazenda disse que a expectativa do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de um crescimento de 1,6% no 1º trimestre em relação ao trimestre anterior.
O consumo das famílias deve se manter resiliente com políticas do governo, como a valorização do salário mínimo. A desaceleração da economia esperada pelo BC deverá ser gradual. A autoridade monetária afirmou que espera “inflexão” do mercado de trabalho. A taxa de desemprego foi de 7% no 1º trimestre deste ano, o menor patamar para o período na série histórica, iniciada em 2012.