O CEO da Braskem (BVMF:BRKM5), Roberto Bischoff, disse nesta 2ª feira (4.dez.2023) que a “discussão política” tem distorcido as informações sobre o trabalho da empresa no caso do afundamento de mina em Maceió. A declaração foi dada durante evento promovido pela Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).
“Infelizmente, [o assunto] entra em uma discussão política em que a gente acaba tendo informações distorcidas, rede social. E eu queria aproveitar o momento para compartilhar com vocês o nosso compromisso, que não é de agora, vem de longo prazo, com essa situação”, afirmou.
O executivo disse que a situação em Alagoas não é um problema específico da Braskem e que a empresa se envolve com o assunto desde 2018 trabalhando em 3 frentes: realocação dos moradores da área; desligamento de minas e obras sociais. “Estamos fazendo há mais de 4 anos esse processo sem colocar em risco as pessoas”, disse.
“Imediatamente, Braskem interrompeu a produção das minas de sal, haviam 4 minas de sal naquele momento, contratou especialistas nacionais e internacionais para entender o fenômeno. É um fenômeno complexo”, afirmou.
Bischoff declarou ainda que, quando foi levantada a possibilidade de um afundamento mais acelerado do solo, no final de novembro, toda a região já estava desocupada, com exceção de “23 de famílias resistentes que não aceitaram sair do bairro”. Os moradores foram realocados pela Defesa Civil de Maceió, por determinação judicial, no sábado (2.dez).
Segundo o CEO, há “bons indicativos de que o solo [do terreno da mina 18] vem se acomodando da melhor forma” e de maneira gradual. A Defesa Civil, no entanto, mantém o alerta máximo para risco iminente de colapso da área.