Por Gabriel Codas
Investing,com - Na parte da manhã desta terça-feira as ações da Porto Seguro (SA:PSSA3) operam com forte queda, depois que a seguradora reportou na manhã de ontem que encerrou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de R$ 656,7 milhões, um crescimento de 72,4% na comparação com o mesmo período de 2019. Nos seis primeiros meses de 2020, o avanço é de 30,1% para R$ 885,1 milhões.
Dentro desse cenário, os ativos tinham valorização de 4,16% a R$ 56,39, por volta das 10h30.
Na divisão de seguros, o resultado operacional teve forte avanço em 12 meses, de 144,8%, para um total de R$ 590,5 milhões, contra os R$ 241,2 milhões registrados um ano antes. No ano, o resultado operacional geral do grupo saltou 83,4% entre abril e junho, de R$ 622 milhões.
Visão dos analistas
A XP Investimentos aponta que a Porto Seguro reportou bons resultados no 2T20, acima das expectativas que já eram elevadas. O lucro melhor que o esperado, crescendo 72% A/A atingindo R$ 657 milhões (vs. R$ 502 milhões estimado pelo consenso da Bloomberg), implicando em um ROE de 35% (vs. 22% no 2T19).
No entanto, a empresa também efetuou provisões técnicas em R$ 227 milhões e outros R$ 188 milhões em provisões para perdas com operações de crédito. A corretora reitera a recomendação neutra e preço alvo de R$ 57,00, pois vê o curto prazo mais desafiador com menor crescimento de prêmios.
Balanço
A companhia explicou que os números são reflexo dos efeitos do isolamento social, que resultou na significativa queda da sinistralidade e consequente melhoria do desempenho operacional.
O resultado financeiro consolidado do grupo também mais que dobrou, com alta de 101,1% comparado ao intervalo entre abril e junho do ano passado. A linha subiu para R$ 497,6 milhões, ante R$ 247,5 milhões há um ano. Segundo a Porto, as aplicações financeiras se beneficiaram da recuperação dos preços dos ativos, o que compensou as perdas no primeiro trimestre.
Destaque para a sinistralidade no seguro auto, que recuou 15,4 pontos ante o segundo trimestre do ano passado, "decorrente principalmente da redução de circulação de veículos em função do isolamento social e da relevante melhora na sinistralidade do segmento de saúde, com queda de 18,5 p.p.".