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À espera de presidente do Fed, Ibovespa cai 1,73%, a 118.723,97 pontos

Publicado 26.08.2021, 14:50
© Reuters.  À espera de presidente do Fed, Ibovespa cai 1,73%, a 118.723,97 pontos
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O Ibovespa perdeu o nível de 119 mil pontos em correção que limita os ganhos da semana a 0,57%, vindo de recuperação nas duas sessões anteriores, que o havia devolvido aos 120 mil pontos, em seus dois melhores níveis de fechamento desde o último dia 13. Nesta quinta, a referência da B3 (SA:B3SA3) encerrou em baixa de 1,73%, a 118.723,97 pontos, bem perto da mínima de 118.718,56, após ter fechado o dia anterior no pico da sessão. Na máxima, foi a 120.833,24 pontos, saindo de abertura aos 120.817,47. O giro financeiro foi de R$ 31,1 bilhões. No mês, o Ibovespa acumula perda de 2,53%, com ganho no ano mais uma vez zerado, de volta ao negativo (-0,25%)

Com perdas mais visíveis em Nova York após a confirmação da morte de militares norte-americanos em duas explosões em Cabul, Afeganistão, o Ibovespa acentuou o ajuste à tarde, aprofundado à medida que S&P 500 e Nasdaq renovavam mínimas, nesta véspera de aguardado discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no encontro anual promovido pelo Fed em Jackson Hole - a expectativa por novas sinalizações sobre retirada de estímulos monetários nos EUA justificava a cautela vista desde cedo no exterior. Cautela agravada pela morte de americanos no Afeganistão, a dias da data final para a retirada, em 31 de agosto.

Assim, desdobramentos até positivos no cenário doméstico, como o início de costura de solução legal para os precatórios e sinais de que a autonomia do BC será mantida por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ficaram em segundo plano, com a aversão a risco observada desde o exterior.

"Hoje o mercado realizou, tirando o pé, ajustando-se à possibilidade de Powell entrar amanhã com sinalização de 'tapering' retirada de estímulos monetários, tendo precificado antes que não viria nada em Jackson Hole. Localmente, pesou a insistência do Lira presidente da Câmara, Arthur Lira de colocar em votação a reforma (do IR)", diz Daniel Miraglia, economista-chefe do Integral Group, lembrando que a priorização sinalizada recentemente por Lira à reforma administrativa, e não à fiscal, havia animado o mercado.

Miraglia chama atenção também para a contagem regressiva para o 7 de setembro, evento que ganhou relevância como há muito não se via, em função da crise entre os Poderes. No fim da tarde, contudo, Lira recuou da disposição de tentar recolocar a reforma do IR em votação na próxima semana, ao dizer que o assunto só voltará à pauta quando houver conversa e cada partido expressar o que defende.

"O Ibovespa ainda reage às pressões fiscais, mesmo com certo arrefecimento de tom entre os Poderes nos últimos dias e com o dado positivo do Caged, hoje, com criação de 316 mil empregos (em julho). Além da expectativa amanhã para o Powell, os dados americanos de hoje, sobre o PIB segunda leitura do segundo trimestre e os pedidos semanais de auxílio-desemprego, vieram pior do que o esperado", diz Breno Bonani, especialista da Valor Investimentos, destacando que a Bolsa brasileira segue muito descontada em relação as de outros países que voltam a crescer, entre os emergentes. "Brasil está sendo negociado com desconto de 64% frente ao P/L dos Estados Unidos, um desconto que historicamente fica em 33%", acrescenta.

O clima de 'tapering' ganha força já nesta véspera de Powell, nos comentários de outras autoridades do Federal Reserve, inclusive da anfitriã da reunião anual de Jackson Hole, a presidente do Fed de Kansas City, Esther George, da ala "hawk" do BC americano. "Ela defendeu que a autoridade monetária inicie em breve a retirada de estímulos, enquanto James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, reforçou o discurso 'hawkish' ao afirmar que 'provavelmente não precisamos das compras de ativos neste momento'", observa Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.

"De qualquer forma, o mercado está à espera da fala de Powell, que deverá trazer uma visão mais clara sobre o programa de estímulos e, em especial, sobre a expectativa de inflação, que vem sendo um gatilho importante para as perspectivas de juros", acrescenta o analista.

Em meio a tanta expectativa desde o exterior, e às incertezas domésticas, a correção desta quinta-feira na B3 se espalhou por empresas e setores ao longo da tarde, enquanto o Ibovespa intensificava o ajuste. Setores de maior peso como o financeiro (Itaú (SA:ITUB4) PN -2,42%, Bradesco (SA:BBDC4) ON -1,99%), commodities (Petrobras ON (SA:PETR3) -0,81% e PN (SA:PETR4) -0,87%), mineração e siderurgia (Vale ON (SA:VALE3) -1,28%, na mínima do dia no fechamento, a R$ 98,23; Usiminas (SA:USIM5) PNA -3,46%) deram escala à correção do índice, com um número limitado de papéis conseguindo escapar da tendência do dia, como Banco Inter (SA:BIDI4) (+4,56%), Lojas Americanas (SA:LAME4) (+2,41%), Americanas ON (SA:AMER3) (+1,91%) e WEG (SA:WEGE3) (+1,07%), na ponta do Ibovespa na sessão. No lado oposto, Cyrela (SA:CYRE3) (-5,94%), Iguatemi (SA:IGTA3) (-5,28%) e Ultrapar (SA:UGPA3) (-5,25%).

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