Em meio ao cenário crítico apresentado nos últimos dias, a 123milhas afirmou à 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte que o fim de um contrato com a Azul Linhas Aéreas (BVMF:AZUL4) contribuiu para a crise e o pedido de recuperação judicial da empresa. A informação foi dada com exclusividade pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
As ações da Azul operavam em queda de 2,99% às 11h19 (de Brasília) desta quinta-feira (31), cotadas a R$14,60.
De acordo com a publicação, a 123milhas disse ainda que o contrato garantia à empresa "pesquisas de passagens com pontos" na grade da companhia aérea, procedimento que fazia com fosse possível "adquirir passagens com preços mais vantajosos, o que atualmente não é mais possível".
Questionada sobre o tema pelo colunista, a Azul afirmou que não se manifestará.
A média das estimativas para as ações da Azul, de acordo com analistas e compiladas pelo InvestingPRO, é de um preço-justo de R$11,20.
Crise na 123 milhas
A 123 Milhas protocolou nesta terça-feira (29) um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de Minas Gerais a fim de "assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores", anunciou a plataforma de viagens em nota oficial.
A empresa tem estado em foco desde que anunciou, em 18 de agosto, o cancelamento das emissões de passagens e pacotes da linha Promo, que oferece voos mais baratos com datas flexíveis, com previsão de embarque de setembro a dezembro de 2023, citando a "persistência de fatores econômicos e de mercado adversos".