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De acordo uma pesquisa inédita divulgada pela consultoria Walk The Talk by La Maison, 20% dos brasileiros declararam já boicotam marcas e consomem serviços e produtos mais responsáveis.
Intitulado Global Positioning On Sustainability (GPS), o estudo avaliou a percepção dos brasileiros sobre o ESG, sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança. Entre setembro e outubro de 2021, foram entrevistadas 2.243 pessoas, de 16 a 64 anos, das classes A, B e C, nas cinco regiões brasileiras, sobre os 22 temas ESG considerados mais relevantes.
O objetivo do estudo foi mapear e quantificar o posicionamento dos brasileiros sobre ESG, avaliar perfis de consumidores, identificar as causas mais importantes, além de apontar as empresas mais ativas e responsáveis com relação às questões sociais e ambientais na visão desse público.
A pesquisa mostrou que o consumidor brasileiro acredita que as empresas devem ser agentes de mudança na sociedade. Além disso, o estudo trouxe os seguintes destaques:
Comentando os resultados, a sócia-diretora da Walk The Talk, Juliana Simão, atribui a baixa porcentagem de brasileiros que se consideram ativistas ao estágio em que a questão ESG se encontra no país. “Semelhante ao que vemos em outros países em desenvolvimento, o brasileiro ainda está focado em questões que o afetam diretamente. Num segundo momento, passam a se preocupar com sua comunidade próxima e apenas depois disso partem para preocupações maiores”, diz.
“Tem uma frase interessante que diz ‘ser ativista é um privilégio’ - de quem pode se dar ao luxo (tempo e dinheiro) para atuar em uma causa. Acho que os brasileiros ainda têm que lutar por questões mais urgentes hoje e as demais questões coletivas ficam num segundo momento”, completa a sócia.
Ao serem questionados sobre o problema social com o qual mais se importam, a grande maioria apontou a falta de acesso à saúde gratuita e de qualidade. “A saúde é sempre um tema de preocupação, mas a pandemia que atingiu os brasileiros, de maneira bastante cruel, pode ter afetado essa percepção”, afirma Simão.
Além disso, outros pontos como a educação também foram levantados. “A falta de acesso à educação de qualidade (54%) e de saneamento básico (51%), fenômenos apontados como problemas sociais graves, ressaltam o descontentamento com os serviços públicos de qualidade no país, destaca Andrea Marino, também sócia-diretora da Walk The Talk.
A maior dedicação de mulheres a questões ambientais e sociais também chama a atenção nos resultados. “As mulheres são, por excelência, as responsáveis pela educação dos filhos e a administração da casa”, diz Marino. “Por isso, são mais preocupadas com os impactos imediatos de suas ações e com o futuro. A pesquisa mostra que elas agem em média 12% a mais que os homens. E se preocupam em dar o exemplo para seus filhos”, completa.
De modo geral, para os brasileiros, as empresas são responsáveis por implantar ações para enfrentar os desafios socioeconômicos e atuar em causas sociais.
A pesquisa mostrou que, para 47% dos entrevistados, as companhias têm o poder de mudar seus produtos e condutas e contribuir positivamente para a solução dos problemas globais. Para 19% as empresas contribuem movimentando a economia, gerando emprego e pagando impostos.
“Os brasileiros, em maior ou menor grau, fazem sua parte. Economizam água e energia, reciclam, separam lixo…Mas esperam que as corporações façam sua parte e façam mais. Sabem que as verdadeiras mudanças só virão quando as corporações agirem além das questões relacionadas com seus produtos/serviços. Para o brasileiro, isso é uma obrigação”, comenta Simão.
A Natura (SA:NTCO3) é a marca mais associada pelos consumidores aos princípios da agenda ESG, seguida pelas marcas Ypê, Nestlé, Ambev (SA:ABEV3) e Itaú (SA:ITUB4). Do outro lado, estão as marcas consideradas verdadeiras, mas pouco atuantes. Entre elas, estão: Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34), Danone, Heineken, Mercado Livre (NASDAQ:MELI) (SA:MELI34), Burger King (SA:BKBR3), Magazine Luiza (SA:MGLU3), Clube Social, Dove e Marisa (SA:AMAR3). Já Americanas SA (SA:AMER3), Doritos e XP (NASDAQ:XP) (SA:XPBR31) são vistas como não associadas a questões ESG.
Para elaborar o levantamento, foram realizadas análises estatísticas, com critérios de avaliação em pontos, em que a cotação mais baixa no índice era de até 200 e a mais alta acima de 600, sendo que nenhuma empresa atingiu a cotação máxima.
O estudo dividiu os consumidores brasileiros em quatro grupos distintos:
“O país precisa democratizar as ações de sustentabilidade para que elas não sejam ações isoladas e privilégio de poucos, mas que toquem a todos os brasileiros”, afirma Simão. “Em termos sociais, é fundamental dar voz e ação à diversidade. Além disso, é importante que o Brasil se mantenha alinhado e colaborando globalmente com os compromissos ambientais adquiridos na última COP2″, complementa Marino.
Para as sócias, o Brasil precisa assumir um papel de liderança na viabilização de soluções eficazes para os impactos e ameaças da mudança do clima. Para isso, acreditam ser fundamental que esses compromissos se reflitam na governança do setor público e privado.
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