Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - Por ver risco-retorno atrativo, grande oportunidade de mercado e um case diferente dos demais, a XP Investimentos deu início à cobertura da petroleira 3R Petroleum (SA:RRRP3) com recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 55.
No pregão desta terça-feira, por volta das 16h40h, o papel era negociado em alta de 1,58%, a R$ 35,98, depois de ter registrado R$ 35,85 na mínima e R$ 37,35 na máxima do dia, com R$ 21,28 milhões em volume negociado. Na direção oposta, o Ibovespa caía 0,83%, aos 120.239 pontos.
Uma das principais justificativas para a tese de investimento da XP é o risco-retorno atrativo da companhia, mesmo com a valorização de 68% da ação desde a abertura de capital, em novembro. A corretora reforça que a relação é atrativa mesmo que não ocorram novas aquisições
Isso porque, na visão da corretora, o papel ainda não precifica os resultados esperados das campanhas de revitalização que serão implementados nos campos que a companhia já tem, a recente aquisição do Polo Recôncavo e fatores adicionais de geração de retorno, como a possibilidade de solicitação do benefício fiscal da SUDENE.
Outro ponto-chave da análise da corretora é a ideia de que o case da 3R não é como o de outras petroleiras que passaram por IPOs mal sucedidos no passado. A explicação é que a companhia já possui campos de petróleo em operação e que já proporcionam geração de caixa, enquanto as outras empresas tinham riscos exploratórios.
Finalmente, a recomendação de Compra também está apoiada na oportunidade de mercado, de R$ 4,2 bilhões e 200 milhões de barris de óleo equivalente por dia. O momento também é favorável do ponto de vista setorial, com a venda de campos terrestres pela Petrobras (SA:PETR4), dos quais cinco já foram adquiridos pela 3R.
Após seu IPO, a 3R começou a ser negociada na bolsa de valores em novembro e já é a terceira maior produtora de petróleo e gás terrestre do Brasil, atrás de Petrobras e Eneva (SA:ENEV3).
A XP menciona, no entanto, riscos para a sua tese de investimento: preços do petróleo abaixo das expectativas; resultados de campanhas de revitalização de campos maduros abaixo das projeções; concorrência em futuros desinvestimentos da Petrobras; liquidez limitada das ações; e diluição potencial em ofertas para financiar aquisições futuras.