SÃO PAULO (Reuters) -A abertura de capital das companhias Moove e Compass (BVMF:PASS3), ambas do grupo Cosan (BVMF:CSAN3), segue nos planos de crescimento do conglomerado, disse nesta segunda-feira o CEO da Cosan, Luis Henrique Guimarães.
Segundo o executivo, o grupo ultrapassou uma etapa em que tinha diversos projetos em andamento, como a compra da Gaspetro pela Compass, e agora o cenário permite que a Cosan tenha um "grau de confiança para dar outros passos".
"A abertura de capital da Compass e da Moove, sem dúvida, está nos nossos planos", disse ele em teleconferência para comentar os resultados trimestrais da Cosan.
A Cosan reportou na sexta-feira prejuízo líquido de 201,9 milhões de reais para o terceiro trimestre, ante lucro de 3,3 bilhões de reais em igual período de 2021.
O resultado foi atribuído pela companhia ao impacto dos efeitos extraordinários no período comparativo, além da queda do lucro da Raízen, parcialmente compensada pelo demais negócios do grupo.
Questionado por analistas sobre a relação com a Vale (BVMF:VALE3) após a aquisição de aproximadamente 4,9% do total de ações ordinárias de mineradora, Guimarães disse que a Cosan "está seguindo os processos naturais de governança" da Vale.
"Se posso resumir em uma palavra... a relação com o conselho da companhia (Vale) é muito positiva", disse.
Ele esclareceu que o investimento na mineradora não gera perda de controle em nenhuma das companhias da Cosan e suporta a manutenção dos planos de investimento em alta performance das empresas do grupo. Também afirmou que o fluxo de dividendos está mantido e os plano de abertura de capital das empresas que não são abertas continuam.
"Não tem nenhum follow on previsto, nenhuma companhia precisa", enfatizou.
Segundo o CEO, a base de ativos e os acionistas da Vale são vistos como muito complementares ao grupo Cosan, gerando "aumento na perspectiva sobre a visão de futuro" da empresa.
(Reportagem de Nayara Figueiredo; Edição de Rafaella Barros e Pedro Fonseca)