Investing.com -- As ações da Boeing (BVMF:BOEI34) (NYSE:BA) chegaram a cair mais de 4% antes da abertura das Bolsas em Nova York e operavam perto desse patamar no pré-mercado desta segunda-feira, após um trágico acidente aéreo na Coreia do Sul que tirou a vida de 179 pessoas no domingo, quando um avião de passageiros fez um pouso forçado no Aeroporto Internacional de Muan.
A aeronave, um Boeing 737-800, saiu da pista, colidiu com uma parede e pegou fogo, tornando-se o acidente aéreo mais letal da história do país.
O voo 7C2216 da Jeju Air, que partiu de Bangkok, transportava 175 passageiros e seis tripulantes. Segundo o Ministério dos Transportes da Coreia do Sul, o avião tentou pousar pouco depois das 9h da manhã, horário local (00h00 GMT).
Dois tripulantes, os únicos sobreviventes conhecidos, foram resgatados dos destroços e estão recebendo atendimento médico. O ministério confirmou que este foi o acidente mais grave envolvendo uma companhia aérea sul-coreana em quase 30 anos.
As ações da Jeju Air (KS:089590) despencaram mais de 8% nesta segunda-feira na Bolsa da Coreia.
Imagens compartilhadas pela mídia local mostram o Boeing 737-800 deslizando pela pista sem o trem de pouso ativado, antes de colidir com estruturas do aeroporto e pegar fogo.
Uma autoridade de saúde local relatou que os dois sobreviventes, um homem e uma mulher, foram encontrados na seção traseira da aeronave. Ambos estão sendo tratados para ferimentos moderados a graves.
Investigadores estão analisando a possibilidade de colisões com aves ou condições climáticas adversas como fatores contribuintes. A agência de notícias Yonhap citou autoridades do aeroporto sugerindo que um impacto com aves pode ter causado a falha no trem de pouso.
Este incidente ultrapassa a gravidade do acidente da Korean Air em Guam, em 1997, que resultou em mais de 200 mortes, e do acidente da Air China (OTC:AIRYY) na Coreia do Sul, em 2002, que matou 129 pessoas.
Seguindo os protocolos internacionais de aviação, a Coreia do Sul conduzirá a investigação, com o suporte do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA (NTSB).
O NTSB confirmou que enviará uma equipe de especialistas, junto com representantes da Boeing e da Administração Federal de Aviação (FAA), para apoiar os trabalhos de investigação.