Investing.com - A edição de hoje do jornal Valor Econômico informa que os acionistas minoritários da CCR (SA:CCRO3) estão se organizando para impedir ou contestar os termos da assembleia, prevista para 22 de abril, que irá deliberar sobre o pagamento de R$ 71 milhões a ex-executivos envolvidos em malfeitos que devem colaborar com as investigações do Ministério Público.
As ações da companhia operam com alta de 1,62% a R$ 12,54.
De acordo com a publicação, a proposta da administração é que 15 ex-funcionários, incluindo o ex-presidente da companhia, Renato Vale (SA:VALE3), recebam uma quantia equivalente a seus últimos salários por um período de cinco anos.
O jornal informa que a contrapartida dos ex-executuivos será o comprometimento para “colaborar ativa e efetivamente com as autoridades”. O problema é que esse plano não agradou aos minoritários das concessionário, que questionam se há a necessidade desse pagamento.
Outro ponto de controvérsia é que a CCR irá se comprometer a não entrar com ação de responsabilidade civil contra os executivos. Além disso, a companhia também será responsável pelo custeio de advogados e o pagamento de eventuais multas cobradas pela Justiça.
Para a Mirae Asset, embora a notícia passe um sentimento negativo, por ser mais um possível desembolso, o mesmo é insignificante no fluxo de caixa da empresa. Para os analistas, se aprovado esse ponto, os acordos com o Ministério público tiram os possíveis novos impacto negativos em cima da ação, que em 2019, deve conviver com ligeira melhora no fluxo de veículos nas suas rodovias. Com isso, a recomendação segue de compra, com upside de 12%