Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - Os investidores parecem pessimistas demais com as ações cíclicas brasileiras em relação aos pares emergentes, apontaram analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34), reiterando que os ativos locais seguem muito descontados e devem se beneficiar de uma potencial melhora das restrições de mobilidade.
Segundo o banco, em relatório desta quinta-feira (15), o Brasil deve chegar daqui quatro meses à marca de 65 doses de vacina contra a Covid-19 para cada 100 pessoas - patamar em que Israel, o campeão da vacinação mundial, começou a ver um declínio significativo nas taxas de infecção.
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Eles apontam ainda que a imunização brasileira, considerando os lotes já programados para chegar ao país, deve atingir a média de 950 mil doses por dia no final de junho, contra os 730 mil da última semana.
Assim, veem as ações cíclicas locais descontadas ante outros mercados, considerando que 90% das previsões de volume de vendas para as empresas brasileiras estão abaixo dos níveis pré-pandemia, contra 50% nos pares emergentes.
Os analistas estimam que as expectativas para os resultados dessas companhias com perfil cíclico e dos bancos de varejo estão 71% e 14% abaixo das médias históricas, o que reflete o tamanho do espaço para expansão dos resultados.
Com isso, destacam as ações do Banco do Brasil (SA:BBAS3), Banrisul (SA:BRSR6), Bradesco (SA:BBDC4), Itaú (SA:ITUB4) e Santander Brasil (SA:SANB11) no setor financeiro e, no cíclico, os papéis da Afya (NASDAQ:AFYA), BK Brasil (SA:BKBR3), Cyrela (SA:CYRE3), Cyrela Properties (SA:CCPR3), Hypera (SA:HYPE3) e Yduqs (SA:YDUQ3), todos com peso Overweight, o equivalente a Compra, como bem posicionados para se aproveitar de uma possível retomada da economia a partir do segundo semestre.
Eles também adicionaram CCR (SA:CCRO3) e Iguatemi (SA:IGTA3) na lista, com avaliação de Equal-weight, ou Neutra.