Ações da Boeing caem após acidente da Air India reacender receios sobre segurança

Publicado 12.06.2025, 17:21
Atualizado 12.06.2025, 17:25
© Reuters. Logo da Boeingn26/3/2025 REUTERS/Hollie Adams/Arquivo

Por Nathan Gomes e Shashwat Chauhan

(Reuters) - A queda de um jato 787-8 Dreamliner da Air India nesta quinta-feira, minutos após sua decolagem, representa mais um desafio para a Boeing (NYSE:BA), cujo novo presidente tem tentado recuperar a confiança após uma série de problemas de segurança e produção.

A causa do acidente ainda não está clara. O avião, que seguia com destino a Londres, caiu na cidade de Ahmedabad, no oeste da Índia, de acordo com autoridades, no pior desastre aéreo do mundo em uma década.

A tragédia, que matou a maioria das 242 pessoas a bordo, complica os esforços do CEO da Boeing, Kelly Ortberg, para deixar os problemas recentes para trás, após a fabricante de aviões alcançar metas de produção em maio e receber um voto de confiança de executivos do setor nos últimos meses.

As ações caíam cerca de 4,9% nesta quinta-feira. A Boeing disse que está ciente dos primeiros relatos e que trabalha para reunir mais informações.

Antes do acidente, executivos de aéreas vinham demonstrando maior confiança na retomada das entregas da Boeing e na liderança de Ortberg, após anos de danos à reputação da empresa.

Em uma cúpula recente em Nova Délhi, os executivos se mostraram mais otimistas em relação às crises da Boeing envolvendo segurança e regulação.

Os aviões de fuselagem larga 787, uma das aeronaves de passageiros mais modernas em operação, nunca haviam registrado um acidente fatal até o incidente da Air India. Eles foram aterrados em 2013 devido a problemas com bateria, mas não houve registro de feridos na ocasião.

"É uma reação instintiva (ao incidente) e há temores renovados sobre os problemas que afetaram as aeronaves da Boeing e a própria Boeing nos últimos anos", disse Chris Beauchamp, analista do IG Group.

Os jatos 737 MAX da Boeing, de corredor único, foram impedidos de voar por anos após dois acidentes fatais e têm enfrentado anos de fiscalização e atrasos na produção.

No ano passado, a fabricante de aviões voltou a ser alvo de críticas após um pedaço da fuselagem de um 737 MAX 9 se soltar em pleno voo, o que levou a um aterramento temporário pela FAA e reacendeu preocupações sobre controle de qualidade.

(Reportagem de Shashwat Chauhan, Nathan Gomes e Purvi Agarwal em Bengaluru e Shankar Ramakrishnan em Nova York)

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