Investing.com — As ações do Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) despencavam nesta terça-feira, 16, após a varejista reportar um prejuízo líquido ajustado de R$309,4 milhões no primeiro trimestre de 2023, uma piora frente ao também indicador negativo de R$98,8 milhões de um ano antes. Sem os ajustes, o prejuízo totalizou R$391,2 milhões, contra R$161,3 milhões no 1T22. Às 11h04 (de Brasília), os papéis despencavam 15,98%, a R$3,68.
A companhia Magalu encerrou o período com 1.302 lojas, sendo 1.048 convencionais, 237 virtuais e 17 quiosques. As vendas totais subiram 10,1% no trimestre, na comparação anual, totalizando R$16 bilhões – sendo que o comércio digital somou R$11 bilhões. Em release de resultados, a empresa destacou o aumento da participação no mercado brasileiro de e-commerce em 6 pontos percentuais, chegando ao maior nível de marketshare.
Após a divulgação dos dados, em relatório enviado aos clientes e ao mercado, o Goldman Sachs (NYSE:GS) avaliou os indicadores como abaixo das expectativas. Na visão do banco, o marketplace segue superando outros canais, supostamente se tornando mais lucrativo em e contribuindo para as margens. No entanto, elas foram afetadas por impostos mais elevados, o que não foi repassado totalmente ao consumidor.
De acordo com os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini, despesas financeiras mais elevadas, com recebíveis descontados, levaram ao resultado líquido pior do que as projeções. O GS possui classificação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$4,40.
Os analistas do Itaú BBA concordaram que os dados vieram abaixo das projeções – que já eram inferiores ao consenso. No entendimento do banco, a sazonalidade resultou em impactos negativos na dinâmica do capital de giro nos primeiros três meses do ano, levando a um consumo de caixa de R$ 2,5 bilhões, sendo que a companhia encerrou o 1T23 com uma posição de caixa total no valor de R$7,1 bilhões. O Itaú BBA possui recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$3,2.