Investing.com – A Neoenergia (BVMF:NEOE3) reportou lucro atribuído aos controladores de R$1,545 bilhão no terceiro trimestre deste ano, uma valorização anual de 3%. O mercado reagiu bem e, às 11h26 (de Brasília) desta quinta, 26, as ações subiam 2,14%, a R$18,12.
O Ebitda Caixa totalizou R$2,618 bilhões no período, e R$7,618 bilhões no ano, com elevação frente aos mesmos períodos de 2022, e 4% e de 6%, respectivamente. A receita operacional líquida atingiu R$9,611 bilhões no trimestre, uma retração de 7% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
A margem bruta caiu 16%, enquanto o número de clientes apresentou alta de 2%. Considerando o endividamento, a relação dívida líquida/Ebitda passou de 3,15 no final de 2022 para 3,11 no terceiro trimestre deste ano. Segundo a empresa, quatro das cinco distribuidoras estão abaixo do limite regulatório de perdas e a companhia ainda passa a ter efeitos do reajuste tarifário a partir de 22 de outubro, com média de 9,32%.
Bernardo Viero, analista da Suno Research, acredita que a empresa reportou bons resultados, conforme esperado. “O principal destaque foi a queda nos custos e despesas operacionais caixa que, mesmo sem o impacto positivo de um ajuste a valor justo de R$ 1,5 bilhões contabilizado, permitiu uma expansão do Ebitda Caixa”, cita.
Considerando o capex, Viero recorda que os investimentos foram de R$ 2,2 bilhões com capex de crescimento de R$ 1,6 bilhão. Assim, a Suno estima manutenção próxima de R$ 614 milhões e passa a “enxergar a companhia com um potencial de geração de caixa muito robusto, ainda que hoje disfarçado pelos esforços de expansão”.
O Itaú BBA também considerou os indicadores como em linha com o previsto, avaliando o balanço como neutro. “O ramo de produção registou números operacionais muito fracos, dados os menores recursos eólicos, mas numa base anual, os resultados foram ajudados pela consolidação de Dardanelos e pela plena entrada em operação dos complexos Oitis e Luzia. O desempenho da TermoPernambuco foi o ponto baixo do trimestre”, ponderam os analistas Marcelo Sá, Luiza Candiota, Matheus Botelho Marques e Victor Cunha. O Itaú BBA conta com classificação outperform para os papéis, com preço-alvo de R$27,9.