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Ações da Oi disparam após fracasso para instalação de AGE para mudar conselho

Publicado 07.03.2023, 11:17
Atualizado 07.03.2023, 13:45
© Reuters
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Investing.com – As ações da Oi (BVMF:OIBR3), que está novamente em recuperação judicial, subiam na manhã desta terça-feira, 07, após os acionistas não instalarem Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Às 13h45 (de Brasília), os papéis ordinários apresentavam alta de 21,53%, a R$1,75, enquanto os preferenciais de 10%, a R$3,55. Ontem, a empresa comunicou que a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para aprovar mudanças no Conselho de Administração não foi instalada devido à falta de quórum, que seria de no mínimo dois terços do capital social com direito a voto. O objetivo da reunião era votar, entre outros assuntos, a destituição do Conselho, após solicitação de acionistas ligados a Victor Adler.

A Oi informou na semana passada que conseguiu realizar acordos com parte de seus credores envolvendo dívidas da empresa. A proposta contempla a realização de um empréstimo de US$275 milhões, visando o cumprimento de obrigações de curto prazo da companhia.

O banco BTG (BVMF:BPAC11) detalhou em relatório divulgado aos clientes e ao mercado que, apesar de parcela dos credores aceitarem a reestruturação, o acordo não ocorreu da mesma forma com os bancos. A dívida remanescente em linha de crédito não qualificada, oferta geral e títulos de 2026 não deverá passar pelo processo de reestruturação.

O banco destaca que os atuais acionistas da empresa poderiam comprar ações pelo preço total valor da dívida convertida, que estaria em torno de R$ 15 bilhões convertidos em patrimônio dividido pelo número de ações emitidas. Segundo os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Guilherme Guttilla, no entanto, a expectativa é de que nenhum acionista faça esse tipo de escolha.

Os analistas ainda apontam a intenção da Oi em renegociar contratos take or pay. Para o de uso de satélites, os contratos incluem R$ 1,7 bilhão que devem ser pagos pela Oi em parcelas mensais até o 3T27. Para torres, os valores chegam a R$ 6,4 bilhões até 2048 e, para cabos submarinos, de R$ 5,9 bilhões de 2025 a 2028.

A V.tal, dona da Globenet, responsável pelos cabos submarinos, ofereceu desconto de 50% sobre o valor do contrato. Do restante, 56% seriam pagos em dinheiro e a outra parcela em  ativos de cobre desativados da empresa. O valor total do contrato de R$ 5,9 bilhões seria reduzido para R$ 2,9 bilhões, o que auxilia a condição financeira da Oi.

O BTG possui recomendação neutra para as ações da Oi, com preço-alvo de R$0,25 para as ações ordinárias.

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