Ações da Petrobras (PETR4) ganham fôlego com atualizações do BofA e BTG

Publicado 23.08.2023, 11:52
Atualizado 23.08.2023, 11:57
© Reuters

Investing.com – Após atualização de recomendação e preço-alvo pelo Bank of America (BofA) e BTG em repercussão ao reajuste no preço dos combustíveis, as ações da Petrobras apresentavam forte alta nesta quarta-feira, 23.

Às 11h50 (de Brasília), os papéis ordinários (BVMF:PETR3) avançavam 4,96%, a R$35,16, enquanto os preferenciais (BVMF:PETR4) subiam 4,21%, a R$31,90.

O BofA (NYSE:BAC) passou a considerar a Petrobras como compra, com preço-alvo para o ano de 2024 de R$45 por ação, ou US$18 para as ADRs listadas nos EUA (NYSE:PBR), saindo de R$33 por ação, ou US$13,2 para ADRs.

De acordo com os analistas Caio Ribeiro e Leonardo Marcondes, a empresa deve pagar dividendos extraordinários, considerando que “não possui reserva estatutária e, portanto, não pode reter caixa" e o governo brasileiro apoiaria dividendos extraordinários devido à situação fiscal. Assim, o BofA espera distribuição de dividendos robustos para o segundo semestre deste ano e para o ano que vem.

“O rendimento de dividendos da Petrobras poderá atingir 19% no segundo semestre de 2023 (preços do petróleo de US$81/bbl) e 22% em 2024 (petróleo de US$90/bbl)”, segundo os analistas, que consideram a política de preços de combustíveis mais alinhada com os preços internacionais.

Já o BTG, que também elevou a recomendação para a ação da Petrobras para compra, com preço-alvo de US$16 para as ADRs listadas nos EUA, afirma que há menores riscos com o reajuste de combustíveis anunciado pela estatal na semana passada. “Ações falam mais do que palavras”, reforçam os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte.

Os analistas do BTG dizem ter subestimado os mecanismos de defesa da companhia, assim como proteção da lei das empresas estatais. “Nós agora acreditamos (e esperamos) que a alocação de capital da Petrobras não possa ser gerenciada tão facilmente, protegendo resultados, preservando seu balanço enxuto e melhorando a visibilidade que os dividendos permanecerão mais fortes por mais tempo”, completam.

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