Ações da Shell caem 7% com preocupações sobre impostos e fluxo de caixa

Publicado 07.04.2025, 04:36
© Reuters

Investing.com — As ações da Shell Plc (LON:SHEL) caíram mais de 6% na segunda-feira após a empresa divulgar uma atualização operacional do primeiro trimestre de 2025 que sinalizou impostos mais altos no segmento upstream e um considerável aumento de capital de giro, apesar do desempenho sólido nas operações de trading de gás e petróleo.

A atualização, divulgada antes dos resultados completos de 2 de maio, indicou força contínua nas operações de trading da Shell.

O trading de gás mostrou-se resiliente, mesmo com um obstáculo previamente divulgado de US$ 200-300 milhões devido ao vencimento de contratos de hedge.

O trading de petróleo também melhorou em comparação ao trimestre anterior, retornando aos níveis vistos pela última vez durante os picos sazonais de meados de 2024.

No segmento de Gás Integrado, a Shell reduziu sua previsão de volume de liquefação para 6,4-6,8 milhões de toneladas, abaixo da faixa anterior de 6,6-7,2 milhões de toneladas, enquanto o desempenho de trading permaneceu estável.

As despesas operacionais estão previstas entre US$ 900 milhões e US$ 1,1 bilhão, abaixo da estimativa da RBC Capital Markets de US$ 1,2 bilhão.

A depreciação e amortização deve ficar entre US$ 1,2-1,6 bilhão, com previsão de impostos variando de US$ 700 milhões a US$ 1 bilhão, ligeiramente acima do consenso.

Na divisão upstream, a Shell reduziu sua previsão de produção para 1,79-1,89 milhão de barris de óleo equivalente por dia, amplamente em linha com as expectativas do mercado.

No entanto, a empresa sinalizou custos fiscais mais elevados, agora esperados entre US$ 2,4 bilhões e US$ 3,2 bilhões — bem acima da estimativa da RBC de US$ 1,8 bilhão.

As despesas operacionais são previstas em US$ 2,1-2,7 bilhões, com depreciação e amortização na faixa de US$ 1,9-2,5 bilhões. A Shell também espera US$ 200 milhões em receitas de joint ventures e associadas, além de aproximadamente US$ 100 milhões em baixas de exploração.

O desempenho downstream foi misto. As margens de refino melhoraram modestamente para US$ 6,20 por barril, enquanto as margens químicas caíram para US$ 126 por tonelada, abaixo dos US$ 138 por tonelada do trimestre anterior. O trading de petróleo, no entanto, apresentou recuperação em relação ao 4º tri.

Em Renováveis e Soluções Energéticas, os resultados devem variar entre um prejuízo de US$ 300 milhões e um ganho de US$ 300 milhões.

Essa ampla variação reflete a volatilidade contínua no segmento. A RBC havia previsto um prejuízo de US$ 110 milhões, enquanto o consenso mais amplo apontava para um resultado equilibrado.

A Shell também alertou sobre um possível aumento de capital de giro de até US$ 5 bilhões no 1º tri, junto com um impacto de derivativos variando de uma saída de US$ 2 bilhões a uma entrada de US$ 2 bilhões.

Os impostos em caixa devem ficar entre US$ 2,5 bilhões e US$ 3,3 bilhões, superando a previsão da RBC de US$ 2,4 bilhões.

Essas pressões no fluxo de caixa parecem ter pesado no sentimento dos investidores e provavelmente contribuíram para a forte queda das ações.

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