Por Geoffrey Smith
Investing.com -- As ações da Target (NYSE:TGT) (SA:TGTB34) despencavam na negociação desta quarta-feira (18) na Bolsa de Nova York. O desempenho negativo vem depois que a varejista seguiu os passos da concorrente Walmart (NYSE:WMT) (SA:WALM34) em reduzir suas previsões para o ano devido à inflação desenfreada. Às 14h13, os papéis desabavam 26,6% a US$ 158,02.
A mega rede de varejo apresentou resultados dramaticamente abaixo das estimativas de lucro no trimestre até abril, anunciando lucros ajustados por ação de apenas US$ 2,19, mais de 40% abaixo do consenso de estimativas de US$ 3,06. As vendas comparáveis, em contraste, avançaram 3,3% - mais do que o esperado - já que a empresa conseguiu repassar os preços mais altos para os seus clientes.
A Walmart divulgou um padrão semelhante na terça-feira, alertando que os custos de insumos mais altos para a força de trabalho, entre outras coisas, estavam impactando os seus resultados.
Os lucros recuaram cerca de 50% em relação a um ano antes, à medida que os descontos para movimentar o excesso de inventário, junto com a disparada nos custos de frete e transporte, reduziu a margem operacional da Target para 5,3%, muito abaixo da sua aspiração a médio prazo de 8%.
Brian Cornell, CEO da empresa, disse que não espera nenhuma melhoria significativa nas margens do trimestre atual, e mesmo uma melhoria no segundo semestre só deverá levar as margens do ano para perto de 6%.
Os lucros da Target também espelharam os da Walmart em termos de refletirem uma forte desaceleração no crescimento das vendas online, pois a reabertura de lojas nos EUA permitiu que os consumidores retomassem seus antigos hábitos. As vendas digitais comparáveis aumentaram 3,2% no ano, tendo apresentado aumento de 50% no ano anterior.
A Target construiu seu canal online em grande medida ao redor de sua rede de lojas físicas, fazendo com que as lojas funcionassem como centros de atendimento para pedidos online. Os serviços para o mesmo dia da Target, que incluem Coleta de Pedidos, Drive-Thru e Envios, continuaram a ganhar tração: as vendas através desses canais cresceram 8%, com as vendas do Drive-Thru crescendo "em torno de 15%" depois de mais que dobrarem no ano passado.