Galípolo prega “vigilância” do BC do fim de 2025 a 2026 e defende manutenção da Selic
Por Jessica Bahia Melo
Investing.com – Papéis de companhias petrolíferas recuavam no pregão da manhã desta quarta-feira, 1º de março, após o anúncio de que devem ter exportações taxadas nos próximos meses.
Às 10h43 (de Brasília), as ações da 3R Petroleum Óleo e Gás (BVMF:RRRP3) desabavam 7,44%, a R$33,70, enquanto as da Prio (BVMF:PRIO3) caíam 4,07%, a R$32,35, as da Petrorecôncavo (BVMF:RECV3) recuavam 5,44%, a R$26,76 e as preferenciais da Petrobras (BVMF:PETR4) estavam em baixa de 1,59%, a R$24,84.
O setor amarga a continuidade da queda que iniciou ontem, após especulações de taxação de exportação de petróleo, que foi confirmada pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad em entrevista coletiva sobre a reoneração de impostos sobre combustíveis.
O governo federal anunciou que vai taxar a exportação de petróleo em 9,2% pelos próximos quatro meses, com o objetivo de compensar uma perda de arrecadação devido à reoneração de gasolina e etanol ser apenas parcial pelo mesmo período. Assim, o retorno integral do pagamento de PIS/Cofins para os combustíveis será apenas a partir do mês julho.
O governo deve publicar uma Medida Provisória (MP) para tratar do tema. A medida foi criticada por especialistas do setor privado, que ponderam que a iniciativa pode afastar investidores e abre um precedente perigoso para outras commodities, que são a principal pauta do comércio exterior brasileiro.
Alterações na Petrobras
Ontem, a Petrobras comunicou a redução nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias antes do retorno dos impostos. Enquanto os valores da gasolina para as distribuidoras caem de R$ 3,31 a R$ 3,18 por litro, um recuo de R$ 0,13 por litro, para o diesel, o preço diminui de R$ 4,10 para R$ 4,02 por litro, uma queda de R$ 0,08 por litro. Por outro lado, o governo federal deve reonerar parcialmente os tributos federais (PIS e Cofins) em R$ 0,47 para a gasolina e R$ 0,02 para o etanol.
Além das mudanças em relação aos combustíveis, o Conselho de Administração da estatal anunciou que o governo federal, acionista controlador, pediu a alteração de um dos nomes indicados para o Conselho de Administração, com Bruno Moretti no lugar de Wagner Victer. O Ministério de Minas e Energia (MME) ainda solicitou a suspensão das vendas de ativos por 90 dias.