Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
Investing.com – As ações dos Estados Unidos seguem vulneráveis a novas quedas após o Federal Reserve manter as taxas de juros inalteradas e destacar a persistência das incertezas econômicas, em razão dos planos tarifários do governo Trump, conforme análise dos especialistas do HSBC.
Na última quarta-feira, os principais índices de Wall Street encerraram em alta, devido ao aumento das expectativas de cortes nas taxas de juros ao longo do ano. Atualmente, o mercado precifica uma redução acumulada de 68 pontos-base, acima dos 56 pontos-base estimados antes da mais recente decisão de política monetária do Federal Reserve — o equivalente a dois cortes de 0,25 ponto percentual cada.
LEIA TAMBÉM: ações americanas que mais pagam dividendos
Apesar desse avanço, os mercados acionários ainda não recuperaram as perdas registradas recentemente, reflexo das ameaças tarifárias do presidente Donald Trump. O S&P 500 acumula uma queda de 8% no último mês, devolvendo todos os ganhos conquistados desde a reeleição de Trump para um segundo mandato na Casa Branca em novembro.
Os analistas do HSBC observaram que alguns de seus indicadores de sentimento e posicionamento sugerem uma condição de "sobrevenda". No entanto, ainda há risco de novas quedas no mercado acionário americano. Além disso, o cenário para o dólar continua predominantemente negativo, sem reações significativas à decisão do Federal Reserve. Em relação aos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, a instituição mantém uma postura cautelosa no curto prazo.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) optou por manter a taxa de juros no intervalo de 4,25% a 4,5%, marcando a terceira reunião consecutiva sem alterações na política monetária.
Os membros do Federal Reserve projetam que a taxa de juros encerre o ano em 3,9%, o que implicaria dois cortes adicionais, mantendo as projeções anunciadas anteriormente em dezembro. As expectativas para os anos seguintes também permaneceram inalteradas, com a taxa esperada em 3,4% para 2026 e 3,1% para 2027.
A manutenção dessa perspectiva ocorre em um momento em que a inflação segue pressionada e o crescimento econômico tende a desacelerar nos próximos anos.
O índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) subjacente, métrica preferida do Federal Reserve para monitorar a inflação, agora é estimado em 2,8% para 2025, acima da previsão anterior de 2,5% divulgada em dezembro. Para 2026, a expectativa subiu para 2,2%, ante 2,1% na projeção anterior, com a inflação convergindo para a meta de 2% até 2027, sem mudanças em relação às estimativas anteriores.
"A inflação começou a subir", afirmou Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, acrescentando que "pode haver um atraso nos avanços adicionais ao longo do ano".
Ainda assim, o banco central não precificou uma elevação prolongada dos preços ou uma desaceleração mais intensa da economia. Powell enfatizou que os impactos das tarifas comerciais propostas por Trump ainda são incertos, o que reforça a necessidade de monitoramento contínuo por parte dos formuladores de política monetária.
***
INVISTA COM CONFIANÇA! Comece a operar com inteligência artificial e dados profissionais no InvestingPro! Descubra ações explosivas agora, clique aqui!