Por Trevor Hunnicutt
WASHINGTON (Reuters) - A administração do presidente norte-americano Joe Biden planeja adotar uma postura mais dura em relação aos frigoríficos, que, segundo o governo, estão causando choques de preços nos supermercados.
Quatro empresas controlam a maior parte do mercado de processamento de carne dos Estados Unidos, e assessores do presidente Biden culparam essas companhias pelo aumento dos valores da proteína, conforme publicação em um blog do governo nesta quarta-feira.
Como parte de uma série de iniciativas, o governo irá canalizar 1,4 bilhão de dólares em dinheiro de estímulo à pandemia do Covid-19 para pequenos produtores de carne e trabalhadores. Eles também prometeram ações para "reprimir a fixação ilegal de preços", disseram assessores da Casa Branca no post do blog.
Quatro empresas abateram cerca de 85% de gado que é alimentado com grãos dos EUA em 2018, de acordo com os dados mais recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).
As quatro grandes processadoras do setor de carne bovina dos Estados Unidos são: Cargill, uma trading global de commodities com sede em Minnesota; Tyson Foods (NYSE:TSN), produtora de frango que é a maior empresa de carne dos Estados Unidos em vendas; JBS (SA:JBSS3), com sede no Brasil, o maior frigorífico do mundo; e National Beef, que é controlada pela produtora brasileira de carne bovina Marfrig (SA:MRFG3).
As empresas não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.