Air New Zealand se torna 1ª grande cia aérea a abandonar meta de redução de carbono para 2030

Publicado 30.07.2024, 15:56
Atualizado 30.07.2024, 16:00
© Reuters. Airbus A320 da Air New Zealand em aeroporto de Nova Zelândian25/6/2017 REUTERS/David Gray/Arquivo

(Reuters) - A Air New Zealand (NZ:AIR) abandonou nesta terça-feira a meta de reduzir emissões de carbono até 2030, citando atrasos na entrega de aeronaves com baixo consumo de combustível e preços elevados de combustíveis verdes, movimento que sublinha a dificuldade da aviação em atingir as metas de descarbonização.

Esta é a primeira grande companhia aérea a recuar nas ambições climáticas, mas a empresa disse que está comprometida em zerar as emissões líquidas até 2050, um objetivo de todo o setor, e está trabalhando em uma nova meta de curto prazo.

A aviação é apontada como responsável por cerca de 2% das emissões mundiais, mas é considerada um dos setores mais difíceis de descarbonizar, já que o combustível para voos não pode ser facilmente substituído por outros tipos de energia.

"Muitas das alavancas necessárias para atingir a meta, incluindo a disponibilidade de novas aeronaves, a acessibilidade e disponibilidade de combustíveis alternativos para jatos e o suporte regulatório e político global e doméstico, estão fora do controle direto da companhia aérea e continuam desafiadoras", disse a companhia aérea da Nova Zelândia em comunicado.

As companhias aéreas estão apostando em Combustíveis de Aviação Sustentáveis (SAF) à base de plantas e aeronaves mais eficientes para reduzir emissões no curto prazo, mas a produção de SAF é cara e difícil de aumentar, e as fabricantes de aviões estão lutando para entregar aeronaves de nova geração no prazo.

Muitos defensores do meio ambiente dizem que o crescimento do setor de aviação é fundamentalmente incompatível com a sustentabilidade.

Em 2022, a Air New Zealand disse que queria reduzir a intensidade de carbono em 28,9% até 2030 em comparação com os níveis de 2019, em uma metodologia validada pela iniciativa Science-based Targets (SBTi), um grupo de ação climática corporativa apoiado pela ONU.

A meta era mais ambiciosa que o acordo firmado em 2023 pelo setor de aviação em todo o mundo, de reduzir as emissões de carbono em 5% até 2030.

A Air New Zealand encomendou aviões Boeing (NYSE:BA) 787 Dreamliner e Airbus (EPA:AIR) A320neo.

O presidente-executivo da empresa, Greg Foran, disse que tem ficado claro nas últimas semanas que os atrasos nas entregas colocaram em risco a meta de 2030 e que a companhia aérea vai se retirar imediatamente da rede SBTi.

"É possível que a companhia aérea precise manter sua frota existente por mais tempo do que o planejado", disse Foran.

(Reportagem de Roshan Thomas em Bengaluru, Lisa Barrington em Seul e Lucy Cramer na Nova Zelândia)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.