Investing.com - O pré-candidato tucano Geraldo Alckmin fechou mais um forte apoio à sua candidatura. De acordo com o Broadcast, o PP decidiu fechar a aliança com o PSDB e o anúncio formal deverá ser feito em 26 de julho.
A notícia informa que fontes do partido confirmam que o presidente do PP, Ciro Nogueira, confirmou o apoio ao tucano, o que sinaliza a direção que os demais partidos do Centrão deverão seguir.
O Centrão, liderado por PP e DEM, estava dividido entre apoio a Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, mas declarações do último nas últimas semanas e negociações de bastidores penderam a decisão pelo tucano.
A cúpula do PDT e até mesmo lideranças do blocão --formado por PP, DEM, PRB, PR e SD-- admitiam que estava praticamente certo um acordo com Ciro Gomes, mas uma sucessão de atitudes do próprio presidenciável pedetista somada à ofensiva de Alckmin e aliados levaram a uma mudança de humor nesse xadrez. "Alckimin está na frente agora", admitiu um presidente de um partido do blocão à Reuters, sob a condição do anonimato, ao ser questionado se a disputa estaria empatada.
Com o apoio dos partidos, a candidatura de Alckmin ganha musculatura, tempo de televisão e alcance aos palanques regionais e poderá ser um trunfo para retirar o tucano da casa dos 6% de intenção de votos quando a campanha começar.
Além do PP, Alckmin já confirmou o apoio do PSD, PTB e PP e aguarda a confirmação dos demais partidos do Centrão.
Também reservadamente, um interlocutor direto de Alckmin disse que são "boas" as perspectivas para fechar com o blocão. Afirmou ter conversado com um dirigente de um partido do grupo e o convenceu a apoiar o pré-candidato do PSDB com os seguintes argumentos: a afinidade da agenda do PSDB com o blocão é maior do que a de Ciro e a suposta falta de controle emocional do pedetista, que nos últimos dias se envolveu em polêmicas públicas.
"Os apoios estão vindo", disse esse interlocutor de Alckmin.
Ibovespa dispara no fim
A notícia de que os partidos optaram pelo reformista Alckmin sobre Ciro fez a Bovespa arrancar no fim e deixar o terreno negativo nos últimos minutos do pregão.
O Ibovespa fechou com +0,16% a 77.486 pontos, máxima do dia que foi marcado pelo ambiente negativo. Na mínima nesta sessão, o Ibovespa caiu 1,9 por cento, a 75.889,82 pontos. O volume financeiro na bolsa somou 10,2 bilhões de reais.
DESTAQUES
- ITAÚ UNIBANCO subiu 1,44 por cento e BRADESCO PN (SA:BBDC4) avançou 1,26 por cento, ganhando fôlego no final da sessão com o noticiário político-eleitoral, enquanto BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) reduziu as perdas para 0,89 por cento. SANTANDER BRASIL UNIT (SA:SANB11) avançou 0,37 por cento.
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) fechou em alta de 1,94 por cento e PETROBRAS ON (SA:PETR3) avançou 1,16 por cento, também reagindo às expectativas ligadas à corrida presidencial, apesar da queda dos preços do petróleo Brent.
- KROTON (SA:KROT3) avançou 6,19 por cento, em sessão positiva para o setor de educação, com ESTÁCIO valorizando-se 2,76 por cento. No ano, essas ações ainda acumulam declínios de 33,7 e 24,3 por cento, respectivamente.
- Tim (SA:TIMP3) subiu 1,87 por cento, também revertendo as perdas em boa parte da sessão, antes da divulgação do resultado do segundo trimestre nesta quinta-feira. Analistas do BTG (SA:BPAC11)) esperam mais um resultado forte, citando entre os suportes foco na migração de contas pré para pós-pagas.
- VALE (SA:VALE3) caiu 3,93 por cento, respondendo pela maior pressão individual de baixa no Ibovespa, em meio a receios sobre aumento da tensão comercial no exterior. Analistas do Itaú BBA esperam resultados sólidos da mineradora no segundo trimestre, mas com estabilidade do Ebitda na base trimestral.
- GOL PN cedeu 2,42 por cento, em sessão de alta do dólar ante o real, após cinco pregões seguidos de alta, período em que as ações da companhia aérea acumularam alta de mais de 20 por cento. A empresa de programas de fidelidade SMILES ON (SA:SMLS3), controlada pela Gol (SA:GOLL4), caiu 1,8 por cento.
Com Reuters