Por Dhirendra Tripathi
Investing.com - As ações da Amazon (NASDAQ:AMZN) caíam 6,7% por volta das 13h35 (horário de Brasília) desta sexta-feira, seguindo os números da receita da empresa no segundo trimestre, que, embora robustos, mostram sinais de desaceleração.
No Brasil, o BDR da companhia (SA:AMZO34) tinha queda de 3,3%.
Estímulos contidos, baixas taxas de juros e temores relativos ao vírus combinados alimentaram vendas recordes de mantimentos, aparelhos, equipamentos de ginástica e móveis durante os últimos cinco trimestres. O que é esperado é uma moderação no descontrole dos números das vendas após a farra de compras sem precedentes.
Porém, a queda nas vendas líquidas de 44% para 27% no primeiro trimestre do ano fiscal em curso e 40% de abril a junho de 2020 pegou o mercado de surpresa.
Trazer o Prime Day para junho também não ajudou muito nas vendas. Desde 15 de maio, elas aumentaram apenas medianamente, isso excluindo o Prime Day, é o que afirma o diretor financeiro da Amazon, Brian Olsavsky, pela Reuters.
As vendas líquidas chegaram a US$ 113,1 bilhões. Mas ficaram abaixo das expectativas dos analistas de US$ 115,33 bilhões, um escorregão raro para a empresa.
JPMorgan, Morgan Stanley, Piper Sandler e UBS cortaram os preços-alvo das ações da Amazon, em meio a sinais de tempos difíceis para o presidente-executivo Andy Jassy, que substituiu Jeff Bezos apenas este mês.
A Amazon Web Services continua a colher os benefícios das mudanças virtuais, à medida que mais usuários se conectam à Internet e as empresas buscam serviços na nuvem para atender às suas necessidades.
A receita da AWS cresceu 37%, para US$ 14,8 bilhões.
O lucro líquido do grupo aumentou 48% em relação ao ano anterior, para US$ 7,77 bilhões no trimestre de junho. O lucro diluído por ação foi além, a US$ 15,12, e superou as estimativas de US$ 12,24.
A Amazon agora espera que as vendas líquidas do terceiro trimestre fiquem entre US$ 106 bilhões e US$ 112 bilhões, o que representa um crescimento anual de 10% a 16%.