Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da Amazon (NASDAQ:AMZN) disparavam 12% às 13h02 desta sexta, cotadas a U$3113,22, após a companhia reajustar os preços da assinatura do Prime nos EUA a fim de equilibrar a escalada dos custos trabalhistas e de transporte. O BDR da ação subia 4,02%, a R$106,10.
Membros do Prime no país passarão a pagar US$ 139 por ano, em vez dos US$ 119 de antes. O reajuste vai ajudar a restaurar os lucros em uma operação que registrou prejuízo ao nível operacional no quarto trimestre. Contudo, há também o risco de perda de assinantes, à medida que a renda disponível segue pressionada pela alta da inflação.
O quarto trimestre apresentou resultados contraditórios, com a fraca performance subjacente no e-commerce sendo afagada por ganhos no papel em sua participação na Rivian Automotive Inc (NASDAQ:RIVN), fabricante de vans elétricas. O lucro líquido no quarto trimestre quase dobrou, ultrapassando US$ 14 bilhões, na maior parte devido a um ganho pontual de US$ 11,8 bilhões na participação na Rivian. As ações da fabricante de veículos elétricos, no entanto, perderam mais de 40% desde o final do ano.
Mais uma vez, a empresa dependeu inteiramente da sua unidade de computação em Nuvem, a Amazon Web Services, para seu lucro operacional, registrando quase US$ 18 bilhões em vendas, um salto de 40%. A unidade Intelligent Cloud da rival Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34) superou US$ 18 bilhões em vendas no trimestre mais recente.
A Amazon também detalhou suas receitas de publicidade pela primeira vez, e a US$ 31 bilhões, a empresa emergiu à frente do YouTube, que registrou US$ 29 bilhões. A receita de publicidade para o quarto trimestre foi de US$ 9,7 bilhões, um aumento de 32% no ano.
Porém, existem preocupações, As despesas operacionais totais subiram 13%, para quase US$ 134 bilhões, à medida que a empresa enfrentava a escassez de mão de obra e questões de cadeia de fornecimento para registrar as vendas das festas de fim de ano. Embora as vendas líquidas tenham aumentado 9%, superando US$ 137 bilhões no quarto trimestre, o lucro operacional caiu quase 50%, a US$ 3,5 bilhões. A operação internacional registrou uma grande perda operacional. O comércio eletrônico na América do Norte também ficou no vermelho.
A empresa agora prevê que as vendas líquidas cresçam 5,5%, para US$ 114,5 bilhões no trimestre em curso no centro da sua faixa de projeção, bem abaixo da sua taxa histórica de crescimento.