Por Michael Elkins
O Oppenheimer reiterou a classificou de “outperform” (acima da média) da ação da Amazon (NASDAQ:AMZN), mas reduziu seu preço-alvo em US$ 10, para US$ 125, após analisar de forma detalhada as despesas da gigante do comércio eletrônico. Para os estrategistas do banco, a companhia precisará realizar mais demissões para melhorar significativamente a lucratividade.
Os analistas escreveram em nota:
"Acreditamos que o desempenho abaixo da média de 25% da AMZN em relação ao Nasdaq nos últimos doze meses se deve à perda de participação de mercado para a MSFT e pela falta de lucratividade no comércio eletrônico. Após nossa análise detalhada dos gastos da AMZN, acreditamos que mais demissões são necessárias para que o e-commerce se torne significativamente rentável. A lucratividade por funcionário, excluindo os trabalhadores de galpões logísticos, está bem abaixo dos concorrentes: as despesas operacionais excluindo depreciação e amortização/realização aumentaram 53% desde 2019, em comparação com META/GOOG/MSFT +14%/-2%/-3%. Mesmo assumindo que o comércio eletrônico valha zero, isso implica que a AWS está sendo negociada com um desconto de 34% em relação à Azure, em comparação com a média de 21% nos últimos 4 anos, sugerindo um potencial de alta de 18% com a expansão de múltiplos e margens mais altas. Reduzimos o preço-alvo em US$10, para US$125, mas mantemos a classificação de “outperform”, por acreditamos que o número de funcionários pode ser ajustado sob a direção do novo CEO, Jassy."
O lucro operacional por funcionário corporativo da Amazon era de cerca de US$60.000 antes da pandemia, subiu para cerca de US$75.000 durante a pandemia e caiu para cerca de US$30.000 no ano passado. Em vista do significativo aumento de despesas em relação aos concorrentes, o Oppenheimer acredita que mais demissões serão necessárias para que o negócio volte a gerar lucro significativo.
Os analistas prosseguiram na nota:
"Nossas verificações confirmam que a otimização de custos para os clientes ainda não está concluída No entanto, acreditamos que a redução do número de funcionários, dos custos de ações restritas (SBC) e dos custos de energia são suficientes para compensar nossas estimativas anteriores de lucro operacional da AWS, que eram as mais baixas do mercado. Com isso, nossas margens de EBIT estimadas para o EF23/EF24 estão agora ~190 pb acima das estimativas do mercado, em 26%/28%."
O Oppenheimer reduziu a receita estimada para EF23 e EF24 em 1%, ao mesmo tempo em que elevou o lucro antes de juros e impostos (EBIT) em 17% e 12%, respectivamente, com base nas mudanças na AWS. A receita estimada da AWS para o EF24 pelo Oppenheimer está 9% abaixo do consenso.
Às 11h30 de Brasília desta segunda-feira, 10, as ações da Amazon registravam queda de quase 2%.