Investing.com – Com riscos aos lucros diante da Reforma Tributária e decisão final sobre os juros sobre o capital próprio (JCP) conhecidos e precificados, os investidores devem estar atentos aos fundamentos da fabricante de bebidas Ambev (BVMF:ABEV3). Segundo o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA), os “fundamentos sólidos serão novamente o motor das ações”.
A analista Isabella Simonato afirma estar confiante para o negócio de cervejas no Brasil. Após um ano de inflexão, 2024 será de expansão, em sua visão. “A margem EBITDA deve recuperar 480bps ao ano, após cinco anos de contração. Na nossa opinião, o principal impulsionador foi a transformação comercial da empresa (inovação, melhoria do portfólio, digitalização da rota para o mercado). Esperamos que essa estratégia continue a apoiar muito as margens em 2024, reforçada pelos preços rígidos da cerveja, custos mais baixos e sinergias”, aponta a analista, que projeta que a margem EBITDA da Cerveja Brasil suba em 500 pontos base em 2024, para 36,9%.
No entanto, a analista pondera que a situação econômica complicada na vizinha Argentina, com desvalorização do peso, é um vento contrário. O Brasil deve ser o impulsionador do crescimento dos lucros daqui para frente. O banco projeta indicador de preço por lucro (P/L) para 2024 de 15,5x a 17x, “o que implica um desconto para os pares em linha com a média histórica”.
O BofA reforça a recomendação de compra para os papéis, considerando o valuation descontado, com preço-alvo elevado de R$15,5 para R$16 para as ações no Brasil e de US$3 para US$3,2 para ADRs listadas no mercado americano.
Às 11h55 (de Brasília), as ações da Ambev caíam 0,67%, a R$13,27.