Investing.com - Na parte da manhã desta sexta-feira na bolsa paulista, as ações da Ambev (SA:ABEV3) operam com forte queda, liderando assim as perdas do Ibovespa. A fabricante de bebidas reportou mais cedo que teve um lucro líquido 9,7% menor no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2018, refletindo a estagnação dos volumes após vendas mais fracas no Brasil, enquanto os custos e as despesas gerais cresceram no período.
Por volta das 10h55, os ativos da companhia operavam com queda de 6,62% a 17,92.
A subsidiária brasileira da Anheuser Busch InBev lucrou R$ 2,604 bilhões entre julho e setembro, em linha com a estimativa média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 2,537 bilhões.
O BTG Pactual (SA:BPAC11) avalia que a companhia reportou um conjunto fraco de resultados do terceiro trimestre, com EBITDA de R $ 4,4 bilhões, 6% abaixo do que o banco esperava e abaixo de 5% a/a. A margem de 36,9% foi a mais baixa já registrada no terceiro trimestre, apesar das provisões de bônus mais baixas, enquanto o crescimento do volume decepcionou nos principais mercados, com a gerência culpando a concorrência promocional e uma economia fraca. O lucro por ação de R$ 0,16 também ficou 4,5% abaixo do que os analistas esperavam, apesar da ajuda relacionada a reivindicações fiscais.
A equipe do BTG (SA:BPAC11) destaca que segue acreditando que a fixação do segmento principal continua sendo a chave para permitir que a Ambev (SA:ABEV3) entregue consistentemente a expansão da margem e do ROIC, que é considerada essencial para o desempenho das ações, devido à sua exigente avaliação. Os resultados do 3T19 reforçam a posição cética quanto à capacidade da Ambev de retomar o poder de precificação sem sacrificar os volumes.
A receita líquida trimestral da Ambev (SA:ABEV3) subiu 8,1% ano a ano, para 11,96 bilhões de reais, enquanto os volumes aumentaram apenas 0,8% na mesma comparação, para 37,8 milhões de hectolitros. Como resultado, a receita por hectolitro avançou 7,2%.
Ainda assim, o custo total de produtos vendidos somou R$ 5,23 bilhões, alta de 19,8% em relação ao terceiro trimestre de 2018, puxado principalmente por pressões inflacionárias na Argentina, taxa de câmbio e preços mais altos de commodities.