Americanas poderá manter Natural da Terra em seu portfólio, diz presidente

Publicado 27.03.2025, 15:10
Atualizado 27.03.2025, 15:15
© Americanas - Divulgação própria

Por Luciana Magalhaes

SÃO PAULO (Reuters) - A Americanas (BVMF:AMER3) poderá manter o Hortifruti Natural da Terra (HNT) em seu portfólio, embora a oferta da rede ao mercado esteja prevista em seu plano de recuperação judicial, disse o presidente da varejista, Leonardo Coelho, em entrevista à Reuters nesta quinta-feira.

A Americanas planeja conduzir o processo de venda do Natural da Terra ainda este ano. Mas, caso as propostas de compra não atinjam o valor justo, poderá optar por manter a rede, desde que quite a dívida em debêntures do hortifruti.

"Dentro do plano, a obrigação é conduzir o processo de venda, mas não necessariamente vender", disse ele, explicando que o Natural da Terra tem complementaridade com a Americanas e que, se for o caso, o grupo gostaria de mantê-lo. “É um ativo que ajuda bastante aqui no dia-a-dia, embora não seja um ativo essencial."

A Americanas também poderá fazer ainda este ano a oferta da Uni.co, dona das franquias Puket e Imaginarium, igualmente prevista em seu plano de recuperação judicial. Entretanto, diferentemente do HNT, caso as propostas não atinjam o valor adequado, a Americanas optará por fazer uma nova rodada de venda no futuro.

Na quarta-feira, a Americanas divulgou prejuízo líquido de R$586 milhões no quarto trimestre, após ter registrado lucro de R$2,56 bilhões no mesmo período de 2023, o que provocou queda acentuada das ações em São Paulo.

Na quinta-feira à tarde, as ações da companhia registravam baixa de cerca de 25% na B3 (BVMF:B3SA3).

Segundo Coelho, entretanto, o desempenho do quarto trimestre de 2024 foi superior ao atingido no mesmo período do ano anterior, quando considerado que naquele momento a empresa tinha um crédito em imposto diferido de R$4,8 bilhões.

Segundo o presidente, o processo de recuperação da Americanas, que viveu uma enorme crise nos últimos anos após a descoberta de sucessivas de fraudes contábeis, deve durar ainda cerca de um ano e meio, embora nesse período a companhia esteja trabalhando para que cada trimestre traga resultados melhores.

Com relação ao número de lojas, o executivo disse que Americanas poderá ainda fechar mais pontos de venda, se considerar necessário.

"A gente tenta dar todos os remédios, se os remédios não salvarem o paciente, a gente vai resolver fechando", disse Coelho, explicando que a Americanas também está abrindo novos pontos, como, por exemplo, a unidade da cidade de Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza.

Ao longo de 2024, a Americanas fechou 92 lojas que não atendiam aos seus critérios, terminando o ano com 1.587 pontos de vendas.

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