Confiança da indústria do Brasil cai em agosto para menor nível desde outubro de 2023, diz FGV
Investing.com - A Amrize, recentemente desmembrada da Holcim (SIX:HOLN), está sendo negociada em níveis que o Bernstein descreve como "barata demais para ignorar", iniciando a cobertura com classificação de "superar" e um preço-alvo de US$ 62.
Desde sua listagem em 23 de junho, a Amrize teve desempenho inferior ao da Holcim em 18% e ao do S&P 500 em 6%, fechando a US$ 50,15 em 8 de julho.
Isso implica um potencial de alta de 24% e uma oportunidade de reavaliação do atual múltiplo de 10x EV/EBITDA de 2025 para o múltiplo implícito de 11,9x baseado no DCF.
A empresa é a maior produtora de cimento nos EUA e no Canadá, com 18 fábricas e 25 milhões de toneladas de produção anual, 1,7 vezes mais que a Cemex. Sua exposição ao mercado interno a protege de importações costeiras mais baratas, permitindo preços superiores.
Os preços de cimento e agregados aumentaram a CAGRs de 9,4% e 8,2% desde 2021, respectivamente.
O Bernstein prevê que as vendas da Amrize entre 2024-28 cresçam a um CAGR de 7,9%, com 4,3% apenas de preços. Espera-se que o EBIT aumente de US$ 2,1 bilhões em 2024 para US$ 3,9 bilhões até 2028.
A Amrize se beneficia de baixos custos logísticos devido ao seu acesso a hidrovias internas e ferrovias, cobrindo 60% de sua rede de transporte. Sua maior instalação, a fábrica de St. Genevieve, localizada no rio Mississippi, alcançará 5,5 milhões de toneladas de capacidade até o segundo semestre de 2025. Mais de 100 terminais e 300 silos de armazenamento fortalecem ainda mais a eficiência da distribuição.
Contrariando as percepções do setor, a Amrize mantém alta flexibilidade de custos. Aproximadamente 75% dos custos totais, cerca de US$ 7 bilhões em 2024, são terceirizados, incluindo logística e manutenção. Os custos variáveis representam 60% do total, um dos mais altos do setor. Isso permite que a Amrize ajuste a produção e proteja as margens durante quedas na demanda.
Seu segmento de envelope de construção, 29% das vendas do grupo, também está posicionado para crescimento. Desde a aquisição da Firestone em 2021, a Amrize investiu US$ 3 bilhões em aquisições adicionais, incluindo Duro-Last e Malarkey.
As margens de EBITDA do segmento melhoraram de 15% para 23%, com potencial adicional esperado. O Bernstein prevê um CAGR de 8,4% nas vendas de envelope de construção até 2028 e expansão de 200 pontos-base na margem EBIT.
A fraqueza das ações é atribuída à fragilidade do mercado americano e ao fluxo inicial de saída de fundos de dividendos, ESG e focados na Suíça.
A Amrize ainda não anunciou uma política de dividendos, mas espera-se que se alinhe com pares americanos com rendimento de cerca de 1%, menor que os 60% da Holcim antes da cisão.
Preocupações com ESG e especulações sobre uma deslistagem suíça também contribuíram para a pressão de venda, que o Bernstein acredita já ter passado.
Projeta-se que a Amrize entregue um LPA de US$ 3,07 em 2025 e US$ 5,20 em 2028, com margens de EBITDA ajustadas aumentando de 27% em 2025 para 31% até 2028. Sua avaliação, 13,7x P/L de 2026 e 13,3x EV/EBIT, permanece abaixo de pares americanos como Vulcan e Martin Marietta.
Com fundamentos sólidos e poder de precificação em todo seu portfólio, o Bernstein vê a avaliação atual como um ponto de entrada atraente.
Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.