Por Joseph Menn e Stephen Nellis
(Reuters) - Após uma semana de críticas sobre um novo sistema planejado para detectar imagens de abuso sexual infantil, a Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) disse nesta sexta-feira que irá procurar apenas por fotos sinalizadas em vários países.
A mudança e outras alterações destinadas a tranquilizar defensores da privacidade foram detalhadas em uma quarta entrevista coletiva desde o anúncio inicial, oito dias antes de um plano para monitorar os dispositivos dos clientes.
Depois de se recusar a dizer quantas imagens correspondentes serão necessárias antes que o sistema operacional notifique a Apple para uma revisão humana e possível relato às autoridades, os executivos disseram que começará com 30, embora o número possa diminuir com o tempo, à medida que o sistema melhore.
A Apple também disse que será fácil para os pesquisadores se certificarem de que a lista buscada em um iPhone é a mesma em todos os outros telefones, buscando amenizar receios de que o novo mecanismo seja usado para atingir indivíduos.
A Apple reconheceu que lidou mal com as comunicações em torno do programa, desencadeando reações de grupos influentes de política de tecnologia e até mesmo de seus próprios empregados, preocupados com o fato de a empresa estar colocando em risco sua reputação de proteger a privacidade do consumidor.
A série contínua de explicações, cada uma dando mais detalhes que fazem o plano parecer menos hostil à privacidade, convenceu alguns críticos de que suas vozes foram ouvidas.
A Apple disse na semana passada que verificará as fotos se elas estiverem prestes a serem armazenadas no serviço online iCloud, explicando mais tarde que começará com os Estados Unidos.
Outras empresas de tecnologia fazem verificações semelhantes depois que as fotos são carregadas em seus servidores. A decisão da Apple de colocar aspectos-chave do sistema no próprio telefone gerou temores de que a Apple expanda o sistema para outros usos, como a busca por imagens políticas proibidas.