Apple apela contra ordem do Reino Unido para criar "backdoors"

Publicado 07.04.2025, 09:12
Atualizado 07.04.2025, 15:56
© Reuters

LONDRES (Reuters) - A Apple (NASDAQ:AAPL) está recorrendo contra uma ordem do governo britânico para criar uma "porta dos fundos" para seus sistemas criptografados de armazenamento em nuvem, confirmou o Investigatory Powers Tribunal (IPT) nesta segunda-feira.

O IPT disse em uma decisão por escrito que havia recusado o pedido do governo britânico para que "os detalhes do caso", incluindo o fato de ter sido apresentado pela Apple, fossem mantidos em sigilo.

A Apple e o Ministério do Interior do Reino Unido não comentaram o assunto.

O Washington Post publicou em fevereiro que o Reino Unido havia emitido um "aviso de capacidade técnica" para a Apple para permitir o acesso a mensagens e fotos criptografadas, mesmo para usuários fora do país.

Há muito tempo a Apple vem afirmando que nunca criaria um backdoor em seus serviços ou dispositivos criptografados porque, uma vez criado, ele poderia ser explorado por hackers, além dos governos. A empresa também usar essa proteção como propaganda sobre a segurança de seus aparelhos.

Em resposta às exigências abrangentes do Reino Unido, a Apple removeu a criptografia de segurança mais avançada para dados em nuvem, chamada Proteção Avançada de Dados, para novos usuários no Reino Unido.

Mais tarde, o Financial Times publicou que a Apple havia entrado com um recurso contra a ordem, mas os detalhes do caso foram mantidos em sigilo e nem a Apple nem o governo britânico confirmaram publicamente o aviso de capacidade técnica.

A decisão do IPT afirma que nem a Apple nem o Reino Unido confirmaram ou negaram a precisão dos relatos da mídia, acrescentando: "Esse julgamento não deve ser tomado como uma indicação de que a reportagem da mídia é ou não precisa."

O ministério argumentou que a divulgação da existência da apelação ou do fato de ela ter sido apresentada pela Apple pode prejudicar a segurança nacional. Mas os juízes Rabinder Singh e Jeremy Johnson disseram: "Não aceitamos que a revelação dos detalhes do caso seja prejudicial ao interesse público ou à segurança nacional."

A decisão de segunda-feira segue uma audiência em Londres no mês passado, que foi realizada em segredo e a mídia não foi autorizada a comparecer.

(Por Sam Tobin)

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