Por Senad Karaahmetovic
O analista do Goldman Sachs (NYSE:GS) (BVMF:GSGI34), Rod Hall, fez reflexões sobre a Apple (NASDAQ:AAPL) (BVMF:AAPL34) antes de a companhia apresentar seu balanço do 3º tri fiscal no dia 28 de julho.
Hall afirma que a Apple provavelmente registrou uma “sólida demanda” no 3º tri fiscal, graças a uma forte retomada na China. Dados da CAICT foram positivos para a companhia, escreveu Hall em nota aos clientes.
“Com base nos dados da CAICT sobre remessas de aparelhos móveis na China Continental, estimamos que as entregas de iPhone tiveram uma recuperação de 13% a/a no mês de maio, contra um declínio de 39% em abril. No agregado de abril e maio, também notamos um declínio a/a nas remessas de iPhones (-9%) contra as remessas gerais do mercado de aparelhos móveis no país (-23%), o que ressalta a demanda mais forte no segmento de alta gama do que no consumo geral. Além disso, nossas análises sugerem uma força ainda maior nas vendas em junho, diante da redução cada vez maior dos bloqueios econômicos, o que acabou liberando a demanda reprimida”.
No entanto, o analista vê riscos para a Apple no contexto do fortalecimento do dólar acima do esperado.
“A piora do ambiente cambial provavelmente gera obstáculos maiores nesse front no 3º tri do que os ~3pp indicados pela Apple na teleconferência do 2º tri. Para o 4º tri, calculamos que a questão do câmbio pode ter piorado ainda mais para cerca de 6pp sobre o crescimento da receita, com potenciais impactos negativos sobre as margens”, acrescentou Hall.
Além disso, o cenário para o 4º tri fiscal ficou ainda mais complicado diante de sinais de que a empresa pode sofrer uma desaceleração de demanda na Europa.
No geral, Hall está abaixo do consenso para o 3º tri, projetando que a Apple reportará um LPA de US$ 1,11 sobre vendas de US$ 80,2 bilhões, abaixo das estimativas consensuais de LPA de US$ 1,15 sobre uma receita de US$ 82,4 bilhões.