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ArcelorMittal garante estratégia de verticalização no Brasil com compra da CSP

Publicado 28.07.2022, 16:20
Atualizado 28.07.2022, 17:21
© Reuters. Logotipo da ArcelorMittal
01/04/2016
REUTERS/David W Cerny

SÃO PAULO (Reuters) - O movimento da ArcelorMittal de criar capacidade de laminação de aço no Brasil para atender o mercado interno deve avançar com a compra da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), permitindo à empresa começar a olhar para suas instalações no Espírito Santo, hoje voltadas em parte à exportação.

A companhia anunciou mais cedo a compra de 100% da CSP das sócias Vale (BVMF:VALE3), Dongkuk Steel Mill e Posco Holding Inc., um negócio que avaliou a produtora cearense de placas em 2,2 bilhões de dólares.

"A CSP é estratégica e se encaixa com perfeição à nossa estratégia de verticalização", disse o presidente-executivo da ArcelorMittal Aços Planos América do Sul, Jorge Oliveira. "O Brasil vai precisar de mais produção verticalizada nesta década", disse o executivo.

Segundo Oliveira, o crescimento na demanda brasileira por aços laminados a frio e galvanizados deve passar de 1,5 milhão de toneladas nos próximos anos, guiado por aumentos de consumo por setores como automotivo e industrial.

"Queremos uma parte disso", disse Oliveira, citando como exemplo que a capacidade atual das montadoras do país é de cerca de 5 milhões de veículos, enquanto as vendas projetadas para este ano são de cerca de 2,3 milhões de unidades.

A CSP é uma das mais novas siderúrgicas do país, fundada em 2008 e com capacidade instalada atual de 3 milhões de toneladas de placas de aço por ano. Parte desse volume é exportado e parte atende clientes nacionais como a Usiminas (BVMF:USIM5), que compra placas de aço da empresa para laminá-las em sua usina em Cubatão (SP).

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Com este volume adicional de aço da CSP, a ArcelorMittal tem possibilidade de continuar com exportações de placas para os Estados Unidos enquanto investe em capacidade de laminação em Tubarão (ES).

"Não temos estratégia de crescer volume em Tubarão", disse Oliveira. Ele ressaltou que 85% do consumo brasileiro de aço está nas regiões Sudeste e Sul, onde a empresa promoveu um projeto de verticalização que adicionou capacidade de produção de galvanizados e outros tipos de aços laminados na usina de Vega do Sul (SC).

"Por isso, a tendência natural no início (após a conclusão da compra da CSP) é começar com laminados a frio e galvanização em Tubarão", acrescentou, ressaltando que o foco da empresa por ora é conseguir aprovação do negócio junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) até o final do ano.

Parte relevante da demanda nacional por produtos galvanizados tem sido atualmente atendida por produtos importados. Segundo dados do Aço Brasil, entidade que representa siderúrgicas instaladas no país, as importações de produtos revestidos, que incluem zincados, somaram 557 mil toneladas no primeiro semestre, cerca de um terço do total de aço produzido no exterior que chegou ao país.

Vários produtores nacionais há meses mencionam que estão com estudos para a ampliar suas capacidades de galvanização, incluindo Usiminas e CSN (BVMF:CSNA3), mas têm citado que aguardam sinalizações positivas do mercado para avançarem com os projetos.

"Estamos com capacidade tomada em Vega...Esse mercado de galvanizados tem sido atendido por ora com importação", disse Oliveira. "A oportunidade já está na porta", acrescentou.

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Segundo o executivo, uma decisão sobre início de verticalização em Tubarão deve ficar para os próximos cinco a seis anos. A unidade já tem capacidade de laminados a quente.

Questionado sobre o fornecimento de matéria-prima para a CSP após a venda, o presidente da ArcelorMittal Aços Planos América do Sul afirmou que o contrato de minério de ferro fornecido pela Vale, e que vai até 2036 seguirá vigente após a conclusão do negócio. A CSP consome cerca de 4,8 milhões de toneladas de minério por ano, disse Oliveira.

(Por Alberto Alerigi Jr.; edição de André Romani)

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