Investing.com – As ações da Azul (BVMF:AZUL4) recuavam nesta segunda-feira, 02, após a companhia anunciar a conclusão da reestruturação de suas obrigações com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos. Às 12h (de Brasília), os papéis caíam 3,32%, a R$14.
Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o banco Goldman Sachs (NYSE:GS) destaca que, em continuidade a essas medidas, a empresa emitiu dívida de aproximadamente US$ 370 milhões, com vencimento em 2030. “Além disso, arrendadores concordaram em receber em torno de US$ 570 milhões em ações preferenciais da Azul a R$36 por ação, que deverão ser emitidas trimestralmente a partir do 3T24 até o 4T27”, apontam os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins.
O GS reforça ainda que a companhia espera que os pagamentos de arrendamento sejam reduzidos em cerca de R$ 1 bilhão por ano, frente uma diminuição anteriormente divulgada em R$ 1,8/1,2 bilhão, o que foi visto como ligeiramente negativo.
No entanto, a perspectiva do Goldman Sachs é positiva para as ações da companhia aérea Azul. Além de reforçar a recomendação de compra, o banco enxerga um upside superior a 100% para as ações da empresa, tanto para ações preferenciais listadas na bolsa de valores brasileira quanto para ADRs negociadas nos Estados Unidos. Para as ações preferenciais, o preço-alvo é de R$29,90 e, para as ADRs, de US$18,30.
Assim, o GS considera a Azul principal escolha entre as companhias aéreas latino-americanas. “Acreditamos que a recente liquidação no setor (os preços das ações caíram 20-50% nos últimos 3 meses) abriu uma oportunidade, dado o estado racional dos principais mercados da região”.