Por Gabriel Codas
Investing.com - Com as ações seguidamente negociadas abaixo de R$ 1,00, a Oi (SA:OIBR3) informou nesta segunda-feira que recebeu autorização da B3 para realizar a suspensão da obrigação de enquadramento da cotação de ações a partir de 9 de março até a data da Assembleia Geral de Credores (AGC), que deverá ocorrer até o dia 6 de novembro. As ações negociadas abaixo desse patamar podem ser consideradas penny stocks.
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Por volta das 12h10, os papéis ON perdiam 8% a R$ 0,46 e os PN 4,44% a R$ 0,86.
Em fato relevante, a companhia explica que a autorização se justifica pela necessidade dar segurança para acionistas diante da expectativa da venda de ativos e da própria AGC.
Conforme ofício da B3 em novembro de 2019, a empresa precisava divulgar os procedimentos e cronogramas que seriam adotados para a cotação de suas ações em valor igual ou superior a R$ 1 até o dia 7 de maio deste ano. Mas na semana passada, a companhia pediu à Bolsa a suspensão da obrigação, que foi atendida.
O argumento da Oi para o pedido foi "evitar quaisquer prejuízos aos acionistas e credores da companhia, tendo em vista que nos próximos meses deverá ocorrer (a) venda de ativos dentro do contexto do Plano de Recuperação Judicial; e (b) a realização da AGC até 6 de novembro de 2020, o que permitirá levar à deliberação dos credores uma estrutura societária mais flexível e eficiente para a implementação do plano estratégico que a companhia já divulgou ao mercado, o que deverá gerar maior confiança dos credores e mercado a respeito do futuro dos nossos resultados financeiros e operacionais".
A proposta a ser levada para os credores deverá incluir a venda da Oi Móvel. TIM (SA:TIMP3) e Vivo (SA:VIVT4) se uniram para a negociação do ativo, mas a Claro também demonstrou interesse. Em jogo estão não apenas a base de clientes (a maioria pré-pago), mas, especialmente, espectro para 4G.
Grupamento
Em novembro, a tele informou que pretendia propor ao conselho de administração a inclusão de plano de grupamento de ações na pauta de assembleia de acionistas de abril do próximo ano se o preço do papel não ficar acima de 1 real de forma consistente.
A empresa, que está em recuperação judicial desde 2016, foi notificada pela B3, que pediu à Oi para divulgar procedimentos e cronograma que serão adotados para enquadrar a cotação das ações até 7 de maio de 2020 ou até a data da primeira assembleia geral a partir do recebimento da notificação.
Na ocasião, a Oi afirmou em comunicado que "caso a cotação das ações não se enquadre de forma consistente em um patamar acima de R$1,00, após a implementação das próximas etapas previstas no plano estratégico já divulgado ao mercado, pretende propor ao conselho de administração que, por ocasião da realização da assembleia geral ordinária, a ser realizada em abril de 2020, seja incluído item na ordem do dia para tratar do grupamento de suas ações".