O Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido ajustado de R$ 8,785 bilhões, um aumento de 11,7% em relação a igual período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o resultado do banco subiu 2,8%.
Entre janeiro e junho, o lucro do BB subiu 19,5% em relação ante igual intervalo do ano passado, para R$ 17,335 bilhões. O banco público, o segundo maior do País em ativos, tem sustentado resultados acima dos pares de capital privado diante de uma carteira de crédito mais protegida da inadimplência trazida pela alta dos juros e da inflação a partir do ano passado.
A carteira do BB teve expansão de 13,6% em um ano, para R$ 1,04 trilhão. As operações que mais cresceram foram as destinadas ao agronegócio, com alta de 22,7% no mesmo período. Cerca de um terço da carteira da instituição é destinada ao agronegócio, segmento que historicamente tem inadimplência mais baixa.
Em junho, a inadimplência da carteira do banco era de 2,73%, pelo critério de atrasos acima de 90 dias, alta de 0,73 ponto porcentual em um ano, e alta de 0,11 ponto em três meses. Entre os quatro maiores bancos listados do País, a do BB foi a menor, seguida de Itaú (BVMF:ITUB4), em 3%.
A margem financeira do banco, que mede o resultado com operações que rendem juros, foi de R$ 22,887 bilhões, crescimento de 34,2% em um ano puxada pelas operações de tesouraria. A receita financeira com operações de crédito foi de R$ 33,614 bilhões, 28,3% maior que no mesmo intervalo de 2022, e 4,1% maior em três meses.
O resultado da tesouraria foi de R$ 11,631 bilhões, alta de 56,1% em um ano, e avanço de 15,3% em um trimestre. O banco tem apresentado resultado mais forte nessa frente que os pares do setor privado, graças a posições de mercado majoritariamente pós-fixadas, ou seja, que variam junto com as flutuações dos juros.
O BB encerrou o trimestre com R$ 2,103 trilhões em ativos, um aumento de 0,6% em relação a igual período do ano passado, e baixa de 0,5% em três meses. O patrimônio líquido em R$ 167,680 bilhões, alta de 7,5% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ajustado, chamado pelo BB de RPSL, foi a 21,3%, alta de 0,5 p.p. em base anual, e de 0,3 p.p. em três meses.