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Bancos de investimento divergem sobre preço do petróleo em 2023

Publicado 30.11.2022, 07:04
© Reuters.
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Por Alessandro Albano

Investing.com – O comportamento recente da cotação dos barris de petróleo Brent e WTI, que voltou para as mínimas de janeiro após os protestos anti-Covid na China, fez com que várias casas de investimento revisassem suas projeções para o próximo ano.

De acordo com o JPMorgan (NYSE:JPM), em 2023, o mercado petrolífero “continuará restrito”, com o preço médio do barril em torno de US$ 90, diante da possibilidade de a Opep+ intervir com cortes de produção.

“A guerra na Ucrânia”, explicou o banco de investimento, “nos fez aumentar nossas previsões para o preço médio do Brent em 2022 para US$ 104 e para US$ 98 em 2023, com pico em US$ 114 no segundo trimestre de 2022".

No entanto, acrescentou o JPM, “nossa previsão para o preço médio de 2023 agora teve uma queda de US$ 8, considerando uma normalização da produção da Rússia aos níveis pré-conflito em meados de 2023”.

De forma geral, o banco de Jamie Dimon espera que o barril de Brent fique em média a US$ 90 em 2023 e US$ 98 em 2024”.

Seu concorrente Goldman Sachs (NYSE:GS), no entanto, tem uma visão diferente. Em uma entrevista à CNBC, Jeff Currie, diretor global de commodities do Goldman Sachs, alertou que há três grandes riscos principais para o petróleo.

“O primeiro é o dólar”, afirmou Currie, complementando que o segundo fator é a “Covid e a China, que tiveram maior peso do que os cortes da Opep em novembro”, ao passo que o terceiro fator é a entrada de mai barris da Rússia no mercado, antes do prazo de 5 de dezembro para entrada em vigor do embargo ocidental”.

Entretanto, de acordo com Currie, a perspectiva para 2023 “é muito positiva”, razão pela qual o banco “mantém sua projeção de US$ 110 por barril de Brent no ano que vem”.

“A demanda está subindo novamente na China, em vista do que está acontecendo. Acredito que uma questão-chave na China neste momento é o risco de uma reabertura forçada. Isso significa que haverá isolamentos “autoimpostos”, onde as pessoas não vão querer entrar nos trens, não vão querer ir para o trabalho, e a demanda cairá ainda mais”.

Por isso, de acordo com Currie, a Opep terá que discutir se "aceita uma fraqueza maior da demanda na China ou continua propondo cortes de fornecimento”.

“Acredito que há uma grande possibilidade de vermos uma redução na produção”, esclareceu.

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