Nova aposta de Buffett dispara dois dígitos; como antecipar esse movimentos?
Por Tatiana Bautzer e Saeed Azhar
NOVA YORK (Reuters) - Os bancos de Wall Street estão se preparando para vender até 3 bilhões de dólares em participações de dívida na rede social X, controlada por Elon Musk, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.
Executivos do Morgan Stanley (NYSE:MS) entraram em contato com investidores antes de uma venda planejada para esta semana, disseram as fontes.
Os bancos esperam receber de 90 a 95 centavos de dólar, de acordo com o Wall Street Journal.
Musk disse que a reportagem do jornal é "falsa" e escreveu em sua conta no X que a publicação estava "mentindo".
O jornal citou um email de janeiro para a equipe do X, no qual Musk disse que as finanças da empresa continuam com problemas, mas apontando para o poder e a influência crescentes que acredita que empresa tenha.
Morgan Stanley e outros bancos, como Bank of America (NYSE:BAC) e Barclays (LON:BARC), emprestaram dinheiro a Musk para concluir a compra do Twitter por 44 bilhões de dólares em 2022, antes do bilionário mudar o nome da empresa para X.
Morgan Stanley, Bank of America e Barclays não comentaram o assunto.
Normalmente, os bancos vendem esses empréstimos aos investidores logo após a conclusão de um negócio, mas os credores enfrentaram dificuldades para quitar a dívida no caso da X.
As mudanças radicais de Musk na plataforma, incluindo a demissão de muitas pessoas que trabalhavam para moderar conteúdo, e uma de suas publicações na rede social, afugentaram os anunciantes e afetaram as receitas da empresa. Isso reduziu o valor da dívida, pois o risco de inadimplência aumentou.
A Reuters informou em novembro que a ascensão política de Musk e sua proximidade com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fizeram com que os bancos norte-americanos refletissem sobre as melhores perspectivas para a plataforma de mídia social, o que os ajudou a vender a dívida sem ter que arcar com grandes descontos.
As tentativas de vender a dívida no final de 2022 atraíram ofertas que teriam feito com que os bancos tivessem uma perda de até 20% sobre o valor de face da dívida, disseram fontes na época.
Outros bancos do consórcio que ajudaram a financiar a compra do Twitter incluíram Mitsubishi UFJ, BNP Paribas (EPA:BNPP), Mizuho e Société Générale (EPA:SOGN).