Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - Apesar das dificuldades macroeconômicas do segundo trimestres, o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) considera que as empresas de educação apresentaram tendências positivas, principalmente na melhora das métricas operacionais.
Ao analisar novamente as ações do setor com base nos dados do 2T22, o BofA aponta que o lado negativo ficou com a alta alavancagem, que na média ficou em 3,5x, que acabou prejudicando o resultado final, com as despesas financeiras pensando nos balanços.
Ainda assim, a maioria das empresas do setor apresentou uma melhora no PDA em uma comparação anual, retornando a níveis pré-pandemia, o que é um sinal positivo de recuperação, segundo o banco internacional.
O período de captação do segundo semestre está próximo da metade e os números preliminares parecem estar próximos do 2S21, segundo as empresas. O BofA espera que com a melhora na inflação, isso pode ajudar nos custos e melhorar o poder de compra das famílias.
No curto prazo, a expectativa é que o cenário macroeconômico continue desafiador, com altas taxas impactando o custo da dívida, segundo o BofA. Com os juros mais baixos em 2023, uma vez que o ciclo de alta está terminando, a tendência é que isso traga algum alívio para os nomes da educação, deixando espaço para capturar os benefícios da melhoria do PDA e dos processos de turn-around.
Assim, o BofA prefere empresas mais resilientes e que tenham uma vantagem competitiva, por isso, a compra é recomendada apenas para Afya (NASDAQ:AFYA), com preço-alvo de US$ 17, Arco, a US$ 21, e Vitru (NASDAQ:VTRU), a US$ 25.
Sobre as outras companhias do setor, o BofA indica um preço-alvo de R$ 6,50 para Ânima (BVMF:ANIM3), de R$ 2 para a Cogna (BVMF:COGN3), de R$ 4,50 para a Cruzeiro do Sul (BVMF:CSED3), de R$ 7 para a Ser Educacional (BVMF:SEER3), de R$ 17 para a Yduqs (BVMF:YDUQ3), e de US$ 6 para a Vasta Plataform.