Investing.com - O Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) elevou o preço-alvo da Construtora Tenda (SA:TEND3) de R$ 31,50 para R$ 34,40, mantendo a recomendação Outperform, depois de a companhia divulgar o balanço do terceiro trimestre do ano.
Para os analistas, os números foram sólidos, com a Tenda superando as estimativas do resultado financeiro em 20%, posicionando-se como uma das empresas mais fortes no segmento de baixa renda.
Na visão do banco, os destaques operacionais ficaram para os lançamentos que apresentaram expressivo aumento tanto na comparação anual (+ 18,1%) e trimestral (+ 7,0%). Quanto às vendas líquidas, apresentaram um aumento de 27,1% a/a, mas praticamente estável em relação ao trimestre anterior (+ 1,8%). Os principais destaques considerando os dados do LTM foram a redução de 38,4% aa nos cancelamentos e a redução de 27,3% a/a de unidades concluídas no estoque.
O BB-BI explica que o preço-alvo deriva de um método de fluxo de caixa descontado em termos nominais, com uma taxa de crescimento na perpetuidade (g) de 3,8% e um WACC de 13,0%.
As novas estimativas da equipe do banco consideram um aumento mais robusto de lançamentos de unidades (14.122 e 15.534 em 2018 e 2019, respectivamente), uma vez que a Tenda tem surpreendido a esse respeito nos trimestres anteriores. Como resultado, foi revisto o VGV total lançado em 2018 para R$ 1,9 bilhão e em 2019 para R$ 2,2 bilhões, bem como a estimativa de vendas brutas, que devem atingir R$ 2,1 bilhões em 2018 e R$ 2,3 bilhões em 2019.
O BB-Bi também reduziu o percentual de cancelamentos sobre as vendas brutas a partir de 2018, considerando que a empresa já apresentou um índice menor do que o anteriormente assumido por nós.
Como resultado do aumento nos lançamentos e vendas líquidas, a projeção para a receita líquida aumentou levemente, o que levou a uma maior diluição de despesas e maior tanto do EBITDA quanto da margem líquida. Nesse sentido, os analistas esperam que a margem Ebitda se feche em 15,0% e 16,3% em 2018 e 2019, enquanto a margem líquida deverá atingir 12,7% e 13,7%.
Os riscos negativos para a Tenda incluem, entre outros, a falta de disponibilidade de crédito para seus clientes através das faixas 2 e 3 do programa MCMV, e custos de construção mais altos do que o esperado.