Investing.com - O Banco do Brasil (SA:BBAS3) Investimentos (BB-BI) espera resultado positivo nos balanços do quarto trimestre de 2018 das varejistas. Das nove companhias do setor cobertas pela instituição, apenas a expectativa para os números da Hypera é negativa, com todas as outras positivas.
Para os analistas, os resultados devem vir amparados principalmente por uma melhora na confiança do consumidor, especialmente após o período eleitoral. Eles destacam que, de outubro de 2018 até janeiro de 2019, a confiança do consumidor aumentou cerca de 11,2 pontos, chegando a 96,6, de acordo com o Ibre FGV.
Apesar disso, eles lembram que o nível acima de 100 pontos, o qual indica de fato um otimismo por parte dos consumidores, foi registrado pela última vez em julho de 2014. Ainda assim, a evolução da confiança do consumidor tem se traduzido em um maior tráfego de pessoas em lojas e no e-commerce, beneficiando o desempenho dos varejistas no último trimestre do ano passado.
Com isso, os principais destaques devem ser Magazine Luiza (SA:MGLU3), Lojas Renner (SA:LREN3), Pão de Açúcar e Lojas Americanas (SA:LAME4). O único destaque negativo, na visão do BB-BI, deve ser a Hypera Pharma (SA:HYPE3), afetada por uma forte base comparativa do 4T17, bem como uma maior participação de genéricos e similares em seu mix de vendas.
Apesar do otimismo, a equipe do banco lembra que a atividade varejista durante 2018 acabou sendo menor que as expectativas iniciais. No começo daquele ano, era esperada uma expansão de 3,5% a/a no volume vendido. Entretanto, a última pesquisa divulgada pelo IBGE referente a novembro mostrou uma expansão de 2,6% nos últimos 12 meses, amparada por uma expansão de volumes vendidos em supermercados e drogarias. Ou seja, a crise econômica trouxe o represamento de demanda também em segmentos essenciais, a qual acabou sendo atendida durante 2018.
Sendo assim, o BB-BI entende que o cenário parece estar ajustado para que os segmentos de duráveis e semiduráveis apresentem uma retomada em 2019. É verdade que o emprego é o indicador mais importante no que se refere a impulsionar a recuperação do varejo e a pesquisa de emprego do IBGE (PNAD Contínua) não tem sido muito encorajadora nos últimos meses
Os analistas estimam que o volume vendido no varejo cresça cerca de 4,5% a/a durante o ano, impulsionado por duráveis e semiduráveis, recuperando o mesmo patamar de atividade varejista de 2013.