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Biden veta compra da U.S. Steel pela japonesa Nippon Steel

Publicado 03.01.2025, 08:24
Atualizado 03.01.2025, 18:40
© Reuters. Placa do sindicato de trabalhadores em siderurgia dos EUA United Steel Workers em River Rouge, no Estado norte-americano de Michigann16/09/2024 REUTERS/Rebecca Cook
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Por David Shepardson e Tim Kelly e Andrea Shalal

WASHINGTON/TÓQUIO (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, bloqueou oficialmente nesta sexta-feira a compra da U.S. Steel (NYSE:X) pela Nippon Steel (TYO:5401), por 14,9 bilhões de dólares, citando preocupações quanto à Segurança Nacional, dando um golpe potencialmente fatal para a polêmica transação após um ano inteiro de análise. A Nippon pagou um valor alto para fechar o acordo e fez várias concessões, incluindo uma tentativa de última hora de dar ao governo dos EUA o poder de veto sobre mudanças na produção. Mas nem isso foi o suficiente. Em comunicado, as empresas criticaram a decisão de Biden, chamando-a de “clara violação do devido processo” e uma medida política. Ambas prometeram “tomar todas as ações necessárias” para proteger seus direitos. A U.S. Steel, com sede em Pittsburgh, alertou que milhares de empregos estão sob risco sem o acordo. Mas o sindicato United Steelworkers, que se opõe à compra desde o início, elogiou a decisão de Biden. Seu presidente, David McCall, afirmou que o grupo “não tem dúvida de que essa é a melhor medida para nossos membros e para nossa segurança nacional”. O acordo foi anunciado em dezembro de 2023 e quase imediatamente atraiu oposição no espectro político antes da eleição presidencial de 2024. Os então candidatos Donald Trump e Biden prometeram impedir a compra da empresa. A companhia já dominou a produção de aço nacional. "Uma indústria siderúrgica forte e de propriedade e administração domésticas representa uma prioridade de segurança nacional essencial e é crucial para cadeias de abastecimento resilientes", disse Biden em comunicado. "Sem produção de aço doméstica e sem trabalhadores siderúrgicos domésticos nossa nação é menos forte e menos segura." O porta-voz da Casa Branca John Kirby defendeu a decisão. “Não é sobre o Japão. É sobre a siderurgia dos EUA e manter um dos maiores produtores de aço dentro dos Estados Unidos como uma empresa norte-americana”, afirmou, rejeitando que a medida possa causar dúvidas sobre a confiabilidade dos Estados Unidos como parceiro. A Nippon Steel tinha ameaçado entrar com um processo caso a compra fosse vetada. Advogados têm dito que a promessa da empresa de entrar em uma batalha judicial contra o governo dos EUA será muito árdua. O Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS) passou meses analisando o negócio em busca de riscos à segurança nacional, mas encaminhou a decisão a Biden em dezembro, depois de não chegar a um consenso. Não se sabe se outro comprador surgirá. A U.S. Steel reportou nove trimestres seguidos de queda nos lucros, em meio a uma deterioração global da siderurgia. As ações da empresa caíram cerca de 6%, para 30,66 dólares, na bolsa de Nova York. Um porta-voz do presidente eleito, Donald Trump, não comentou imediatamente sobre o tema. O Japão é um importante aliado dos EUA na região do Indo-Pacífico, onde a ascensão econômica e militar da China tem gerado preocupações em Washington, juntamente com as ameaças da Coreia do Norte. Em novembro, o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, fez um apelo a Biden para que aprovasse a fusão para evitar prejudicar os recentes esforços para fortalecer os laços entre os dois países, informou a Reuters com exclusividade. O país também é o principal investidor nos Estados Unidos e o Keidanren, seu maior lobby empresarial, já havia manifestado preocupações de que a revisão do acordo entre U.S. Steel e Nippon estivesse sofrendo pressão política. (Reportagem adicional de Andrea Shalal, Devika Nair, Kanishka Singh, Alexandra Alper, Yuka Obayashi, Satoshi Sugiyama, Aatreyee Dasgupta, Yoshifumi Takemoto, Sakura Murakami, Nobuhiro Kubo, David Shepardson e Amy Lv)

© Reuters. Placa do sindicato de trabalhadores em siderurgia dos EUA United Steel Workers em River Rouge, no Estado norte-americano de Michigan
16/09/2024 REUTERS/Rebecca Cook

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