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Bolha da inteligência artificial começou a estourar, diz analista

Publicado 05.08.2024, 21:00
Atualizado 06.08.2024, 07:29
© Reuters
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Investing.com – Os analistas da Gavekal Research indicaram em um comunicado na segunda-feira que a recente volatilidade do mercado pode marcar o começo da implosão da bolha da inteligência artificial (IA).

Os investidores enfrentaram perdas expressivas em ações, moedas e commodities, com o setor de tecnologia sendo o mais impactado.

Segundo a Gavekal, múltiplos fatores estão por trás dessa queda, incluindo a estagnação econômica nos Estados Unidos, decepções econômicas provenientes da China e a implosão do carry trade do iene.

Além disso, tensões geopolíticas e incertezas políticas tanto nos EUA quanto na Europa têm agravado a instabilidade do mercado.

A empresa destaca que uma das evidências mais claras do estouro da bolha de IA é o contraste entre as promessas das empresas de tecnologia e seus resultados efetivos.

"Há alguns trimestres, as empresas de tecnologia competiam para convencer os investidores de que a IA logo impulsionaria as vendas e lucros a níveis estratosféricos", apontou a Gavekal.

Contudo, os relatórios de resultados corporativos mais recentes mostram que, apesar dos investimentos substanciais, a IA ainda não gerou os retornos financeiros esperados. Esse fato surge em um momento em que muitos gigantes da tecnologia estão encontrando dificuldades para cumprir com as expectativas dos investidores.

Eles também observaram que a confiança do mercado sofreu um golpe adicional com dois anúncios significativos: a Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa) reduziu pela metade suas participações na Apple (NASDAQ:AAPL), e a Intel (NASDAQ:INTC) anunciou que cortará 15.000 postos de trabalho, o que representa 20% de seu quadro de funcionários.

Essas ações levantam preocupações acerca da saúde do setor de tecnologia.

Gavekal questiona: "Se realmente estamos à beira de uma era de gastos maciços com IA, por que pagar nove vezes o valor contábil do índice global de semicondutores se a Intel precisa demitir um quinto de seus funcionários?"

Da mesma forma, os analistas perguntam: "Se os EUA realmente enfraqueceram o setor de semicondutores da China, por que as ações de um dos gigantes nacionais de semicondutores dos EUA, que se beneficiou de generosas doações governamentais nos últimos anos, estão no menor valor dos últimos 11 anos?".

Traçando paralelos com a crise financeira de 2008, a Gavekal sugere que os recentes eventos podem indicar uma desaceleração mais ampla no setor de tecnologia. Os analistas argumentam que, assim como a crise de 2008 revelou vulnerabilidades no setor bancário, os eventos atuais podem estar expondo a supervalorização e as promessas insustentáveis no setor de IA e tecnologia.

Por fim , a Gavekal deixa aos investidores uma decisão crítica: encarar as notícias recentes como meros ruídos temporários ou reconhecer uma mudança significativa na trajetória do mercado de tecnologia.

Investidores devem ignorar o ruído de mercado?

Em outro relatório recente, os analistas do Macquarie exploraram o cenário instável das expectativas das taxas de juros e suas consequências para os investidores no contexto da volatilidade do mercado.

A empresa destacou que a recente alteração na postura do Federal Reserve em relação à política monetária introduziu uma incerteza substancial no mercado.

"No final de 2023, havia um consenso de que até dezembro de 2025, a taxa de política do Fed estaria entre 3 e 3,5%, o que é pelo menos 150 pontos-base abaixo do que se esperava seis meses antes", aponta o Macquarie.

No entanto, a posição do Fed tem variado consideravelmente, gerando confusão tanto entre economistas quanto investidores.

Os analistas destacam que, apenas três meses após o Fed parecer cumprir seu mandato inflacionário, a instituição adotou novamente uma postura mais rigorosa, o que levou os economistas a prever um possível aperto monetário.

"Desde então, apenas três relatórios positivos de inflação e alguns sinais de desaceleração econômica foram suficientes para mudar as expectativas para cortes de taxas em 2024."

Essa alternância rápida de uma postura expansionista (dovish) para uma restritiva (hawkish) e vice-versa sublinha a crescente imprevisibilidade das taxas neutras de juros (r*).

O Macquarie ressalta a importância de se focar nas tendências de longo prazo em vez de reagir aos ruídos de curto prazo. Apesar da volatilidade recente, eles argumentam que não há indícios de uma alteração sistêmica na r*.

Eles sustentam que, com a desaceleração do PIB nominal, as taxas de juros deverão cair para 3%. Esta tese é apoiada por três pilares: o caráter transitório dos picos inflacionários, a irrelevância dos preditores tradicionais como a regra de Sahm, e um cenário global caracterizado por abundância em vez de escassez.

O Macquarie conclui que, embora os bancos centrais ainda estejam relutantes em abandonar modelos passados devido à falta de confiança em seus modelos atuais, os investidores de longo prazo em ações podem, em grande parte, ignorar esse ruído de mercado.

Os analistas preveem um cenário de crescimento limitado, desinflação, taxas de juros mais baixas e maior liquidez. "O que há para não gostar?", questionam eles, sugerindo que, apesar da turbulência de mercado atual, a perspectiva de longo prazo para as ações continua sendo positiva.

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