Investing.com - A bolsa de São Paulo intensificou as perdas no início da tarde desta terça-feira acompanhando o mercado norte-americano que abriu em baixa. O Ibovespa perde 1% aos 63.430 pontos, mais de 800 pontos abaixo da máxima do dia alcançada logo após a abertura.
O dia começou positivo na Europa após o Instituto Ifo mostrar a melhor leitura de confiança do mercado alemão desde abril de 2014. No fim do pregão, contudo, as bolsas do continente viraram para perdas com queda de 0,02% no DAX e de 0,29% no CAC 40. FTSE 100 avançou 0,4% com a disparada do minério de ferro empurrando as mineradoras e a subida da Orange e Randstad.
Nos EUA, os principais índices cedem com peso de fortes recuos em poucas ações com a divulgação dos resultados trimestrais. Dow 30 perde 0,2%, com recuo de 3% na 3M (NYSE:MMM), 2% na Nike (NYSE:NKE) e 2,5% na Home Depot (NYSE:HD). O S&P 500 cai 0,3%, com forte queda de 14% no Under Armour (NYSE:UA), e o Nasdaq perde 0,4% com queda na Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Apple (NASDAQ:AAPL).
No Brasil, a expectativa é de votação da PEC 241 em segundo turno na Câmara dos Deputados. A votação deverá ocorrer hoje e a projeção é que a matéria passe sem dificuldades, com placar semelhante ao da primeira votação. A base aliada no Senado prevê aprovação definitiva do tema no dia 13 de dezembro. Ainda no Congresso, os deputados deverão finalmente apreciar os destaques do projeto de lei que retira da Petrobras a obrigatoriedade de explorar o pré-sal.
Ainda no cenário político, O Globo afirma que o presidente da Odebrecht e mais de 50 executivos do grupo assinaram o acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e os rumores indicam que os depoimentos deverão atingir figuras-chave de todos os principais partidos.
A Petrobras (SA:PETR4) cai 1,5% em movimento de realização estimulado pela queda do petróleo no mercado internacional. A commodity cede 1,5% em meio à expectativa de dados de estoques dos EUA e com a intenção do Iraque de não participar do corte de produção. A ação é negociada a R$ 17,90, em um rali de 15 altas nos últimos 16 pregões, que acumulou ganhos de 35% até o fechamento de ontem.
A Vale (SA:VALE5) segue como o grande destaque do dia com ganhos acima de 3,5% com a disparada do minério de ferro, que valorizou 6% na China. O papel renova as máximas desde maio de 2015 com os R$ 19,94 alcançados mais cedo.
O dia é negativo para as siderúrgicas com a cotação do carvão e do minério em alta pressionando as margens do setor. Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) cede 1%, Usiminas (SA:USIM5) perde 0,7%, enquanto a Gerdau (SA:GGBR4) fica estável. CSN (SA:CSNA3) avança 1,5%.
A Suzano (SA:SUZB5) dispara 4,5% e a Fibria (SA:FIBR3) 4% em meio aumento de preço de celulose na China, assim como a redução da capacidade de produção da da concorrente Taiwan Pulp & Paper.
A Hypermarcas (SA:HYPE3) registra perdas de mais de 6% com a saída da família Gonçalves do bloco de controle da empresa.
O Banco do Brasil (SA:BBAS3) puxa as perdas do setor bancário com queda de 2,6%. A Itausa (SA:ITSA4) perde 1,7% e o Bradesco (SA:BBDC4) perde 1,5%. Itaú Unibanco (SA:ITUB4) desvaloriza 1%.
A Localiza (SA:RENT3) avança 2% após o BTG Pactual (SA:BBTG11) recomendar compra das ações. Nos últimos dois dias, o papel perdeu 8% com resultado ruim do terceiro trimestre.
As Lojas Renner (SA:LREN3) sobem 0,3% após uma manhã negativa com a queda das vendas em suas lojas no terceiro trimestre. O BTG Pactual avaliou como fraco o resultado, mas manteve recomendação de compra.
A pressão da entrada de dólares para o pagamento de multa e impostos no programa de repatriação pressiona a cotação no Brasil, que cede para R$ 3,1215, após tocar nos R$ 3,10 pela manhã. No exterior, a divisa está perto de sua máxima de nove meses.