Investing.com - O Ibovespa opera em baixa nesta terça-feira instável, pressionada por Itaúsa e da Vale, com EUA mistos . Às 12h45, o índice registra leve perda de 0,1% aos 59.370 após ter oscilado entre 59.119 pontos e 59.579 pontos nas primeiras horas do pregão.
O sentimento misto também é vivido pelas bolsas norte-americanas com ganhos de 0,1% no Nasdaq e perdas de 0,1% no S&P 500, com o Dow 30 estável. Não houve a divulgação de dados relevantes da economia dos EUA e os investidores focam seus olhares nos discursos dos diretores do Fed na expectativa de alguma informação que possa animar os mercados.
Ontem, Loretta Mester disse que há risco de o Fed ter que subir juros mais rapidamente para atingir a meta de 2% de inflação, enquanto William Dudley afirmou que o Fed poderá ter atuação mais restrita se houver uma recessão à frente. Hoje. Jeffrey Lacker deve falar às 13h05, enquanto Charles Evans discursará após o fechamento do mercado.
Na Europa, uma onda de otimismo em relação ao Deutsche Bank (DE:DBKGn) foi provocada pelo voto de confiança do CEO do Morgan Stanley (NYSE:MS) que afirmou que acredita que o banco passará por esse momento difícil. Por outro lado, o Wall Street Journal afirmou que o acordo do Deutsche com o Departamento de Justiça dos EUA que poderia reduzir a multa de US$ 14 bilhões para algo próximo a US$ 5,4 bilhões está longe de ser concluído.
A forte desvalorização da libra, que atingiu mínimas de mais de 30 anos com a divulgação do cronograma do Brexit fortalece a bolsa londrina, pois aumenta a competitividade dos exportadores de commodity, que possuem forte presença no mercado local. DAX subiu 1%, FTSE 100 avançou 1,2% e o CAC 40 ganhou 1,1%.
No Brasil, a indústria jogou um balde de água fria nas expectativas de fim da recessão com a contração de 3,8% na produção de agosto frente a julho, interrompendo sequência de cinco meses de alta. O FMI afirmou que o país está próximo do fundo do poço e uma retomada é cada vez mais provável.
A Petrobras (SA:PETR4) oscila perto da estabilidade, testando os R$ 14, em um dia sem muita movimentação do petróleo no mercado internacional. Nos EUA, a commodity avança 0,2%, enquanto o Brent sobe 0,4% em Londres. No noticiário, a empresa confirmou ontem o envio de prospecto para investidores interessados em adquirir uma parcela de até 51% na BR Distribuidora. No radar dos investidores, a Câmara pautou para a sessão desta tarde o projeto que poderá retirar da empresa a exclusividade da operação e participação de 30% nos ativos do pré-sal.
O Itaúsa (SA:ITSA4) registra o maior volume do dia, com o dobro da movimentação da Petrobras, em meio a notícia de que poderá fazer uma oferta pela BR. A ação cede 2,4% pressionando o Ibovespa. O Bradesco (SA:BBDC4) avança mais de 1,5% no pregão desta terça-feira, seguido por Itaú (SA:ITUB4) com 1,1% e Banco do Brasil (SA:BBAS3) com 0,1%.
A Vale (SA:VALE5) cede 0,6% devolvendo parte dos ganhos de ontem, quando subiu 2,5%. Com o feriado na China, não houve negociações no minério de ferro no país, mas a cotação da commodity nos EUA cedeu 2,6% e fechou a US$ 55,11.
A Braskem (SA:BRKM5) despenca 5% em seu primeiro dia de negociação ex-dividendos. A empresa anunciou o pagamento de mais R$ 1 bilhão em dividendos para quem mantivesse a ação em carteira no fim do pregão de ontem. O depósito na proporção de R$ 1,25716 por papel ordinário ou preferencial.
O dia também é negativo para o setor elétrico com a redução dos subsídios para novos leilões anunciado pelo BNDES ontem. Cemig (SA:CMIG4) perde 2,5%, Engie e Equatorial (SA:EQTL3) caem 1,4% e EDP (SA:ENBR3) perde 0,8%. CPFL (SA:CPFE3) desvaloriza 0,1%.
A Estácio (SA:ESTC3) perde 1,4%, enquanto a Kroton (SA:KROT3) valoriza 0,1% em um dia de votação de crédito suplementar para o Fies no Congresso. Ontem, a Anima anunciou a aquisição por R$ 24 milhões de escolas politécnicas em Minas Gerais e em Goiás.
Dólar
A moeda avança quase 1% frente ao real com as declarações do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de que não usará a divisa para controlar a inflação. O dólar é vendido a R$ 3,2382, perto da máxima do dia.