As bolsas da Europa fecharam em baixa nesta sexta-feira, 22, em meio ao pessimismo por conta da covid-19 na região, com dificuldades na vacinação e aumento de restrições, casos e número de mortos. Ao cenário, somou-se ainda a divulgação de indicadores negativos. O setor aéreo é um dos mais penalizados, com a recomendação de que viagens não essenciais deixem de ser realizadas. Em meio a baixa no petróleo, as empresas do setor também acumulam baixas no continente.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,57%, a 408,54 pontos, com recuo na semana de 0,55%.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu a situação da covid-19 como "muito séria", em meio ao avanço da nova variante do coronavírus. A nova orientação de mobilidade regional prevê quarentenas e exigência de testagem, no caso de países terceiros, antes do embarque para a União Europeia. Na Alemanha, o número de mortos pela doença ultrapassou os 50 mil. Em Frankfurt, o DAX caiu 0,24%, a 13.873,97 pontos, em baixa de 0,24% na semana.
Com cenário negativo para o setor, as ações da Air France-KLM (PA:AIRF) fecharam em queda de 2,47%, em meio a relatos da KLM de que a recuperação da companhia de aviação está demorando mais do que o previsto e que, por isso, teria de demitir funcionários. Lufthansa (DE:LHAG) (-2,70%), IAG (MC:ICAG), que controla British Airways e Iberia, (-3,41%), Easyjet (LON:EZJ) (-3,30%) e Ryanair (LON:RYA) (-2,65%) seguiram a tendência. Em Londres, onde diversas estão cotadas, o FTSE 100 fechou em baixa de 0,30%, a 6.695,07 pontos. Na semana, a queda foi de 0,30%.
Entre indicadores, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, elaborado pela IHS Markit, recuou a 47,5, abaixo da previsão. A Capital Economics nota que o dado confirma que as medidas mais rígidas para conter a disseminação da covid-19 nas últimas semanas penalizam a atividade econômica, com o setor de serviços como o mais afetado.
"Com poucos sinais de que as restrições serão retiradas em breve", diz a consultoria.
O quadro no Reino Unido é ainda pior. O PMI composto do país recuou de 50,4 em dezembro a 40,6 em janeiro, na mínima em oito meses, ante previsão de 46,0.
Com cenário negativo e petróleo em baixa em Londres e Nova York, ações do setor caíram. Saipem (MI:SPMI) (-3,59%) e Eni (MI:ENI) (-1,45%) foram duas das principais baixas em Milão, que teve a maior queda dentre as bolsas mais importantes da Europa, 1,52%, a 22.088,36 pontos, com recuo na semana de 1,52%. Galp (LS:GALP) (-1,85%), Repsol (MC:REP) (-1,47%), Total (PA:TOTF) (-0,84%) seguiram a tendência.
Em Lisboa, o PSI 20 fechou em baixa de 0,30%, a 5.040,63 pontos, de olho nas eleições presidenciais que o país realiza no domingo. Na semana, o recuo foi de 0,30%.
Em Madri, o IBEX 35, fechou em baixa de 1,06%, a 8.036,40 pontos, com queda semanal de 1,05%.
Em Paris, o CAC 40 caiu 0,56%, a 5.559,57 pontos, com queda de 0,56% na comparação com a última sexta-feira.